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Federação Gaúcha de Futebol optou por fazer a rodada deste final de semana com portões fechados
Em uma Arena vazia e silenciosa, sem torcida por conta da pandemia de coronavírus, o Grêmio virou sobre o São Luiz na manhã deste domingo e venceu por 3×2 pelo Gauchão com gols de Paulo Miranda, Thiago Neves e Diego Souza.
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Mas o jogo em si não foi o tema mais debatido nas coletivas de imprensa. O que marcou mesmo foi o desabafo de alguns jogadores e do técnico Renato Portaluppi fazendo um apelo para que o campeonato estadual, assim como já ocorreu com a Libertadores, seja paralisado.
Selecionamos, abaixo, as principais falas sobre o tema:
Matheus Henrique: “É ruim jogar sem torcida, sou favorável que o campeonato seja paralisado. O vírus é muito perigoso para todos”.
Thiago Neves: “Empatamos e depois foi merecida a vitória por tudo que fizemos. Tomara que sofra paralisação, não estamos imune ao vírus. Vamos ver como fica e torcemos pela parada”.
Jean Pyerre: “É muito diferente jogar sem torcida. Esse silêncio relembrou muito meus tempos de base. Espero que isso sirva pra mostrar que a falta da torcida também prejudica a gente. Se é pra tirar eles, somos ser humanos, temos que parar também”.
Renato sugere greve
De máscara como forma de protesto, Renato chegou em sua coletiva de imprensa e também lamentou os efeitos do coronavírus pelo mundo. Ele clamou pela parada do campeonato, sugeriu o início de uma greve e opinou que o Gre-Nal marcado para sábado que vem, no Beira-Rio, não vai acontecer.
“Essa homenagem que o Grêmio fez hoje foi para as quase 6 mil pessoas que morreram de coronavírus no mundo. O Grêmio protestou porque jogador de futebol e comissão técnica são gente. A torcida fica protegida e dane-se quem trabalha no futebol? Nós esperamos que as pessoas responsáveis tenham bom senso para parar o campeonato. Tem que parar no Brasil inteiro. Se não quiserem parar, que assumam. Será que vai ter alguém com essa coragem ou a gente vai ter que entrar em greve?”, disse, antes de concluir:
“Vida não tem preço. Eu gosto da minha vida. Não acredito que alguém vai peitar o futebol brasileiro. Será que a gente vai chegar no ponto que os líderes dos times vão se reunir? Acho que não precisa disso. Nós somos humanos também. Temos famílias (…) acho que vai parar o Campeonato Gaúcho. Como vai ter clássico? Ah, não vai ter torcida, mas dane-se os jogadores? Dane-se a comissão técnica? A gente não tá pedindo nada demais. Se tudo para porque o futebol não vai parar?”.
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