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Home Futebol Alexandre Mattos conta bastidores do título do Palmeiras em 2015: “O Santos podia jogar 80 jogos, ganharíamos todos”

Alexandre Mattos conta bastidores do título do Palmeiras em 2015: “O Santos podia jogar 80 jogos, ganharíamos todos”

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

Mattos contou ainda sobre a palestra com o humorista Sergio Mallandro e a noite descontraída com direito a ‘cervejinha’ para os jogadores dias antes da final

Hoje no Atlético-MG, o diretor de futebol Alexandre Mattos foi uma das peças fundamentais para a reconstrução do Palmeiras após o quase terceiro rebaixamento em 2014. Contratado por Paulo Nobre e responsável por reformular o elenco alviverde em 2015, Mattos contou durante participação em uma transmissão ao vivo no canal do clube mineiro algumas histórias de bastidores da conquista da Copa do Brasil em seu primeiro ano no clube alviverde, quando a equipe derrotou o favorito Santos de Gabigol e Lucas Lima nos pênaltis.

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Mattos começou contando que convenceu a diretoria Santos a mudar a data do segundo jogo da final e explicou como uns dias a mais de preparação foram importantes para o Palmeiras. “Tivemos uma reunião na Federação Paulista, e surgiu uma ideia vital para nós: modificar o segundo jogo da final. Falei para o Paulo Nobre vender ao presidente do Santos a ideia de ser o último jogo do ano, para ser o encerramento do futebol no Brasil. O presidente do Santos topou. Foi fundamental, porque precisávamos recuperar alguns jogadores”, contou.

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“O momento do Santos era espetacular, voando, e o Palmeiras ainda oscilava, pela quantidade de jogadores contratados. Era a oportunidade que a gente tinha. No futebol, muda muito rápido: o time que está na alta uma ou duas semanas depois pode não estar igual. E era a possibilidade de tentar encarar o Santos, além de camisa, jogo em casa, primeira final na arena nova, e esse envolvimento todo que o torcedor fez e foi fundamental”, relembrou o dirigente.

O PRIMEIRO JOGO:

O Palmeiras, que era apontado como “zebra” naquela final, perdeu o jogo de ida, disputado na Vila Belmiro, por 1 a 0. Mattos lembra que o resultado foi comemorado pelo elenco alviverde. “O Santos perdeu muito gol, perdeu pênalti, bola na trave, e foi só 1 a 0. Levantamos a mão para o céu. Faltando uma semana, fomos para Atibaia. No domingo, para desconcentrar, levamos as famílias dos jogadores para almoçar. Nesse mesmo dia, queria ter uma coisa diferente e contratei o Sérgio Mallandro para uma palestra. Os críticos pegaram pesado, mas ele não ia definir time e estratégia, mas ia tirar um pouco da tensão de todos. E foi uma palestra muito engraçada, interagiu com as famílias”.

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“Quando acabou a palestra, o hotel tinha uma área comum, e senti que precisava fazer uma coisa descontraída com os jogadores. Trouxeram petiscos, cervejinha e tudo. Não era muito indicado, a três dias do jogo, mas era preciso criar intimidade, porque a possibilidade aumenta quando um se doa pelo outro”, afirmou, dizendo até que enganou os jogadores para atraí-los”, relembrou.

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O ex-diretor do Palmeiras contou ainda que chegou a “enganar” os jogadores. “Entrei no grupo dos jogadores e falei ‘Reunião com o Mattos aqui embaixo. Assunto: prêmio’. Aí cresceu o olho, mas não falei nada de prêmio. Eles desceram e começamos a criar intimidade. Eu dava uma cutucada, que estavam falando que o Santos já era campeão. Com a cervejinha rolando, quando saiu a situação do normal, eles se uniram e fizemos um vídeo com todos abraçados, falando que iríamos ganhar”.

“O Santos podia jogar 80 jogos contra nós, ganharíamos todos. Emocionalmente, foi criado um ambiente interno extremamente forte, não tinha como não ganhar. Fomos muito melhores no jogo, merecíamos ter ganhado, não precisava ir para os pênaltis, mas, nos pênaltis, conseguimos aquela vitória memorável, até por ser o primeiro título do Palmeiras dentro da sua nova casa”, completou Alexandre Mattos.

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