67 anos de Zico: conheça 5 curiosidades do craque de uma nação que marcou gerações
Jogador, treinador, ídolo e até mesmo cantor. Veja algumas das peripécias de Zico dentro e fora dos gramados
Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico, completa 67 anos nesta terça-feira (3). O aniversário do maior ídolo da maior torcida do mundo é batizado de “Natal” rubro-negro, pois os torcedores do Flamengo costumam brincar com a data por causa do “nascimento do Messias” deles.
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Maior artilheiro da história do Flamengo com 509 gols marcados em 732 jogos disputados, o Galinho iniciou sua carreira no rubro-negro carioca aos 16 anos, entre 1971 e 1983 e depois entre 1985 e 1989, após jogar por dois anos na Itália, na Udinese. Na seleção brasileira, disputou três mundiais (1978, 1982 e 1986) e também foi ídolo do futebol japonês, tendo defendido o Kashima Anthlers entre 1991 e 1994.
Muito mais que os títulos – que não foram poucos – , a habilidade, os dribles, a arrancada e, sobretudo a qualidade nas cobranças de falta, colocam Zico em posição de destaque no futebol brasileiro e mundial. Veja abaixo algumas curiosidades sobre o jogador:
“Dono” do Maracanã e outros recordes
Se há algo marcante na carreira de Zico são os inúmeros recordes que conquistou. Ele é o maior artilheiro de todos os tempos no Maracanã com 333 gols marcados. Também é o maior artilheiro do Fla-Flu com 19 gols. Ele é o maior vencedor da história do prêmio Bola de Ouro/Bola de Prata da revista Placar, com duas bolas de ouro, cinco bolas de prata e ainda dois prêmios de artilheiro.
O Galinho foi o maior artilheiro do futebol mundial em 1979 com 89 gols marcados. Foi duas vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro (1980 e 1982), além de maior artilheiro da Copa Libertadores em 1981, ano que também se sagrou campeão do mundo com o rubro-negro carioca.
O craque virou música
Cobranças de falta e Zico eram quase-gol na era de Ouro do Flamengo. O torcedor fanático Jorge Ben Jor, que já havia homenageado Fio Maravilha, compôs a música “Camisa 10 da Gávea”, cujo refrão é o seguinte:
“É falta na entrada da área,
Adivinha, quem vai bater,
É o camisa 10 da Gávea…”
O compositor Moraes Moreira também rendeu uma homenagem emocionante a Zico, quando o meia rubro-negro transferiu-se para o futebol italiano.
Em “Saudades do Galinho”, o baiano começa sua composição assim:
“E agora como é que eu fico,
Nas tardes de domingo,
Sem Zico no Maracanã.
E agora como é que eu me vingo,
De toda derrota da vida,
Se a cada gol do Flamengo eu me sentia um vencedor…”
Craque também fez música
Além das homenagens, Zico também se arriscou no microfone. Em 1982, o cantor e compositor Fagner o convidou para gravar um compacto simples, disco de vinil com apenas duas músicas. O disco seria gravado por Fagner e Martinho da Vila, mas, por problemas com a gravadora, Martinho não pôde participar.
Fagner pediu socorro para Zico e, de um lado do compacto, os dois cantaram “Batuquê de Praia”, música do carnaval de 1983, que chegou a ter um videoclipe gravado e a fazer algum sucesso no rádio.
https://www.youtube.com/watch?v=dfsZ_JljG0Q
Rei na Itália
Mesmo na fraca equipe da Udinese, Zico foi o vice-artilheiro do Campeonato Italiano na temporada 1983/1984, apenas um gol atrás do francês Michel Platini, da campeã Juventus. Muito além dos números, a ida do Galinho mudou o status do modestino time na liga local. Foram 4 milhões de dólares para, em 1983, contratar o melhor jogador do futebol brasileiro em atividade.
Apesar do tratamento de rei, o Galinho de Quintino aos poucos percebeu que o time italiano não conseguia se estruturar de forma a brigar por títulos. Foram 53 jogos e 30 gols em três temporadas pela equipe. Em 1985, Zico decidiu retornar ao Brasil.
Sua passagem foi tão marcante que o clube prestou uma homenagem ao meia no estádio de Friuli, na celebração de 120 anos de fundação do clube, em 2017.
Ovacionado pelos torcedores, o ex-jogador brasileiro deu uma volta no gramado, cumprimentando vários fãs, e viu bandeiras e faixas dedicadas a ele. Uma delas resumia o que o ídolo representou na história do time: “Graças a você o mundo nos conheceu”.
Volta da aposentadoria e futebol no Japão
Zico parou de jogar por dois anos, mas voltou ao futebol em 1991 para um desafio no futebol japonês. O Kashima Antlers foi sua casa entre 1991 e 1994. Marcou 48 gols em 65 jogos disputados por lá. Zico é idolatrado no Japão até hoje e um dos motivos da popularização do futebol no país.
Aliás, o Kashima foi o primeiro clube que treinou, chegando ao comando da seleção japonesa, por onde conquistou a Copa da Ásia de 2004. Onde atualmente trabalha como diretor técnico.
Pela sua importância dentro e fora dos gramados, Zico recebeu diversas homenagens. Ele ganhou estátuas no Maracanã, no Hall da Fama do Maracanã, na Gávea, além de duas estátuas na cidade de Kashima, no Japão. Zico ganhou o Diploma Cristo Redentor em homenagem da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e os seus gols foram declarados patrimônio imaterial do Rio de Janeiro.
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