Maloqueiros, sofredores e torcedores.com, é oficial: o Corinthians trata jogador como criança mimada de pré-escola. Em relação a isso, não há dúvida. Dito isso, há quem ache certo porque jogador de futebol, no Brasil, é mimado mesmo e precisa ser tratado como criança incapaz de tomar decisões adultas e profissionais, e há quem ache, grupo a qual pertenço, absolutamente ridículo essa postura
Vamos lá: excelente matéria assinada por Bruno Cassucci no site “Globo Esporte” revelou (ironicamente, um dia após o que seria o aniversário de Sócrates, o líder e idealizador da histórica, vanguardista e genial “Democracia Corintiana”) a “cartilha” do “tio” Tiago Nunes… E, mais, revelou que os jogadores corintianos não gostaram e, pasmem, foram fazer beicinho à diretoria.
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Vamos à patética cartilha:
Treinos: Os jogadores não gostam de treinar durante o dia de jogos. É? E daí. Sou jornalista desde 1995 e nunca gostei de trampar em Réveillon, Páscoa, aniversário, Semana Santa, Natal e, claro, Carnaval… Funcionada assim: funcionário trabalha quando é escalado. Se não gostar, pede a conta.
Refeição: Tiago Nunes, de forma ridícula, quer que os atletas almocem todos juntos, no mesmo horário. E, caso alguém queira ou precise sair da mesa antes dos coleguinhas, tem que avisar o capitão Cássio… Ah, não é uma graça? Não era assim no prezinho também? Você não tinha que avisar a tia Cidinha e levantar a mãozinha para pedir para fazer xixi? Coisa patética! Alguém, no seu trampo, seja ele qual for, tem que obrigatoriamente almoçar junto com a rapaziada da seção e, pior, avisar o encarregado do setor se quiser levantar para ir no banheiro, arrotar ou simplesmente falar com a namorada? Nessa aí Tiago Nunes provou que não há limite para o ridículo.
Parças, amiguinhos e parentes: Tem trampo que o funcionário pode, normalmente no Dia da Criança, levar o filhinho. Às vezes rola autorização também no Dia das Mães ou Dia dos Pais. No mais, seja no mercado, na farmácia, no banco ou no zoológico, você não vê o balconista te atendendo com o filho no colo ou de mão dada com o melhor amiguinho, né? Então, cartilha para dizer que não pode, na hora do trampo, antes das partidas ou no horário estipulado para concentração pensando na partida, chamar parente ou “parça” para o ambiente de trabalho é algo super adulto, né?
Folga avisada com antecedência: Os jogadores não gostaram de saber, só na véspera, quem será relacionado para o jogo. Ué, mas o treino não acontece justamente para preparar para o jogo? Se a lista saísse antes, então, não é sinal, óbvio, que o desempenho no treinamento não mudaria nada? É claro que todo o mundo quer saber com dias antes que terá tempo livre, sensação sentida diariamente por quem está desempregado… Ora, vão se catar!
Sobre tudo isso, dá para resumir o que já era verdade no início dos 1980: concentração para um bando de marmanjos é algo absolutamente patético e antiprofissional. Vale para qualquer profissão, vale para jogador de futebol também. Se você, leitor, chegar sem condições de exercer o seu trabalho ou não respeitar a escala e as regras, vai para a rua. É só tratar o jogador do mesmíssimo modo.
PS: Ah, não é o mais importante da matéria nem o que chamou a atenção do respeitável público, mas gostei de saber que Tiago Nunes, que, além de escrever a “Caminho Suave” corintiana é treinador, tem bons treinos. Os treinamentos acrescentam e os jogadores, dessa parte, gostam… Verdade que os treinos não foram suficientes para vencer o Água Santa nem eliminar o Guaraní-PAR…
Água Santa 2 x 1 Corinthians
Clique AQUI e vejo o comentário de Vitor Guedes para as redes sociais de Torcedores.com sobre a primeira partida do Timão em Diadema na história, disputada no Sábado de Carnaval. Perdeu, jogou mal, foi mal escalado, uma tragédia, mas o importante é que a rapaziada comeu todo o mundo junto, um show de disciplina.
Vitor Guedes
youtube.com/blogdovitao
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