Incêndio no Ninho do Urubu completa 1 ano e deixou 10 mortos; apenas quatro famílias conseguiram acordos, entretanto alegam falta de assistência
O incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, está completando 1 ano neste dia 08 de fevereiro.
Você conhece o canal do Torcedores no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram
Do mesmo modo, esta tragédia deixou 10 mortos e três feridos, além de destruir parte dos alojamentos do Ninho do Urubu.
E passado esse tempo, o caso ainda está sem ser totalmente esclarecido, assim também como as famílias estão alegando falta de assistência por parte do clube.
O Flamengo está sendo alvo de processos movidos pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Igualmente, procuram responsabilizar o clube pela tragédia.
Por outro lado, o rubro-negro conseguiu firmar um acordo com quatro famílias e está pagando atualmente uma pensão mensal de R$ 10 mil para cada uma. A diretoria do clube diz que estabeleceu um teto em relação à indenização por conta das vítimas, entretanto o valor não foi divulgado.
Como se originou o pagamento da pensão mensal
O pedido original de indenização feito pelas famílias era de R$ 1 milhão, além de uma pensão mensal de R$ 10 mil, mas o clube não concordou. O Flamengo decidiu pagar R$ 5 mil reais mensais e recorreu aos tribunais.
No mês de outubro, a Justiça do Trabalho negou o pedido de Tutela de Urgência do Ministério Público. Isso levaria a uma penhora de 100 milhões de reais para que se garantisse o pagamento das indenizações. Mas o juiz extinguiu o processo, apontando que a questão seria resolvida na área cível.
Por outro lado, há cerca de dois meses, o Flamengo foi obrigado por decisão do Tribunal de Justiça a dobrar a pensão para R$ 10 mil. Isso ocorrerá até que se chegue a uma determinação judicial definitiva.
Apenas uma família entrou na Justiça
Rosana de Souza, mãe do garoto Rykelmo Viana, que faleceu aos 16 anos, foi a única que conseguiu entrar na Justiça. Ela pediu 6,9 milhões de reais. Do mesmo modo, os outros pais estão ainda aguardando uma negociação com o clube. Entretanto, reconhecem que não há conversas em curso.
As quatro famílias que fecharam simultaneamente acordos foram a de Gedson Santos, Athila Paixão, Vítor Isaías, além do pai de Rykelmo. Faltam ainda as famílias de Christian Esmério, Bernardo Pisetta, Arthur Vinícius, Pablo Henrique, Jorge Eduardo e Samuel Rosa.
Posição do clube
Em um vídeo divulgado no dia 1° de fevereiro pela Fla TV, que é o canal oficial do clube, o presidente Rodolfo Landim disse que o Flamengo sempre esteve aberto à negociação. Posteriormente foi estabelecido um teto para indenização.
Além dos acordos com as quatro famílias citadas acima, existem ainda outros 20 acordos com sobreviventes que tiveram lesões. Por conta disso, Landim garantiu que não aumentará a oferta aos parentes. Essa oferta pedida seria entre 300 a 400 mil reais, mais uma pensão por trinta anos. Entretanto, o presidente do Flamengo está aberto a se acertar com as famílias.
LEIA MAIS