A ex-técnica do Santos e da seleção brasileira feminina destacou a evolução da modalidade no Brasil, porém não poupou críticas aos chamados “oportunistas”
O nome de Emily Lima possui grande força no cenário do futebol feminino. A treinadora que ficou conhecida por seus trabalhos à frente de Santos e seleção brasileira, atualmente comanda seleção feminina do Equador. Em entrevista ao site espnW, a técnica de 39 anos comentou sobre o atual projeto e opinou sobre o atual momento vivido na modalidade em solo brasileiro.
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Elogios à contratação de Pia Sundhage
Após a conturbada passagem de Vadão, a seleção brasileira feminina iniciou um novo ciclo sob o comando da treinadora Pia Sundhage. Emily revelou que teve um breve contato com a sueca na final do último Campeonato Paulista e aprovou a contratação da nova comandante do Brasil:
“Eu estive com ela na final do Paulista, trocamos um pouco de ideia, ela pediu para que depois do jogo a gente conversasse um pouco sobre o que eu achava, de algumas jogadoras e do jogo em si. Tudo o que ela conquistou é porque ela é o que é e acho que foi uma grande contratação“, afirmou a ex-jogadora.
Oportunistas no futebol feminino brasileiro
Ao ser questionada sobre o atual momento vivido pelo futebol feminino nacional, com maior visibilidade e melhorias na estrutura do Brasileirão, além da chegada e retornos de nome de peso aos clubes, Emily Lima reconheceu a evolução, porém criticou a presença de diversos oportunistas na modalidade no Brasil:
“Tem muito oportunista que está tomando o lugar de muita gente experiente e a gente vê isso diariamente. A gente vê isso em todos os clubes”, disse a treinadora que deixou o país após atritos no ambiente de trabalho.
Apesar das críticas, ela também fez questão de reconhecer a contribuição de sua passagem pelo Brasil para o crescimento da carreira: “Foi onde tudo aconteceu para mim como treinadora. Então eu não posso deixar tudo o que eu passei e falar ‘estava tudo errado’. Tem muita coisa boa que aprendi e que com certeza vai me ajudar muito agora no meu trabalho aqui”.
Trabalho à frente da seleção feminina do Equador
A treinadora também explicou o projeto a longo prazo e a revolução que a federação pretende realizar no futebol feminino equatoriano. Para ela, as ideias e vontade demonstradas pelos órgãos responsáveis por coordenar a modalidade no país são fundamentais para o sucesso deste trabalho:
“Tem muitas ideias legais, ideias boas, e a federação está aberta a ouvir. A gente tenta, não que vai ser o que eu estou dizendo, mas a gente tenta contribuir com alguma coisa porque eles têm ideias muito boas”, disse Emily.
“Não é de hoje para amanhã. Acredito que vai ser daqui 3 anos. Nem sei se essa gestão vai estar para colher os frutos, mas acho que estão dando um pontapé bem interessante”, finalizou a comandante do Equador.
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