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Ricardo Graça recorda duelo na Bolívia que transformou elogios em críticas: “Escutei que não merecia estar no Vasco”

Em 2018, Cruz-Maltino sofreu 4 a 0 para o Jorge Wilstermann, mas avançou nos pênaltis; nesta quarta o desafio é contra o Oriente Petrolero

Por Patrick Monteiro em 19/02/2020 11:42 - Atualizado há 3 anos

Divulgação/Rafael Ribeiro/Vasco

Em 2018, Cruz-Maltino sofreu 4 a 0 para o Jorge Wilstermann, mas avançou nos pênaltis; nesta quarta o desafio é contra o Oriente Petrolero

O Vasco vai tentar na Bolívia, nesta quarta-feira (19), a partir das 21h30 (de Brasília), a classificação para a segunda fase da Copa Sul-Americana. O adversário é o Oriente Petrolero, mas em 2018 o perigo era outro: o Jorge Wilstermann, pela etapa pré-grupos da Libertadores. Depois de fazer 4 a 0 no Rio de Janeiro, o Cruz-Maltino perdeu pelo mesmo placar fora de casa e foi obter a vaga nos pênaltis. Uma partida que gerou duras críticas aos jogadores então comandados por Zé Ricardo, como o xará do treinador, Ricardo Graça, que relembrou o confronto em entrevista ao GloboEsporte.com.

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“Acho que tudo é aprendizado. Não acabou minha carreira, me fortaleci muito depois dali. A minha cabeça mudou muito. Quando se é da base e você só ganha, você está muito acostumado a coisas boas. E quando vem uma coisa negativa, você acaba sofrendo um baque. E você começa a ler muito comentário negativo”, disse o zagueiro, que precisou refletir na própria carreira para se recuperar.

“Escutava assim: ‘Você não merece estar no Vasco’. Às vezes eu pensava: ‘Será que eu sou tão ruim assim? Será que eu não mereço estar lá?’. Depois dessas críticas todas, parei para analisar e pensei. Eu jogo nove anos (na época) lá, sempre fui titular em todas as categorias. Sempre fui a defesa menos vazada em tudo, sempre joguei bem. Como é que eu não mereço estar lá?”.

Ricardo já foi comparado a Mauro Galvão, ídolo do clube. Ele garante, entretanto, jamais ter se “contaminado” com os elogios.

“Nunca. Sempre fui um cara bem tranquilo, pés no chão. Fui agora para a Seleção (sub-23, no Pré-Olímpico), voltei e não acho que tenho que ser o titular. Você tem que trabalhar para merecer. Sempre no final, eu acho que as coisas acontecem”, considerou.

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