Home DESTAQUE Renata Saporito: Sem dribles e comemorações, vão acabar com o futebol

Renata Saporito: Sem dribles e comemorações, vão acabar com o futebol

Colunista do Torcedores comenta sobre os polêmicos cartões aplicados no futebol no último fim de semana

Renata Saporito
Colaborador do Torcedores

Colunista do Torcedores comenta sobre os polêmicos cartões aplicados no futebol no último fim de semana

Regulamentos mal feitos não podem afetar um esporte que tem como principal objetivo entreter os amantes da bola. O futebol vivido dentro de campo vai além das quatro linhas e, de tão apaixonante, é incapaz de dimensionar a alegria de um gol, que só entende quem o vive intensamente, seja numa comemoração, seja numa eliminação.

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Quem nunca voltou pra casa depois de um título ‘perdido’ abraçado por alguém ou foi consolado até mesmo dentro do estádio pela pessoa ao lado? Cair nos braços da galera deve ser bom demais. E foi exatamente o que Janderson, jogador do Corinthians, fez depois de ter marcado o segundo gol do seu time no último domingo, no clássico diante do Santos. Só que após o lance ele foi punido, já tinha cartão amarelo e acabou indo pro chuveiro mais cedo. Logicamente, virou o principal assunto da rodada.

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Tiago Nunes, técnico corintiano, a meu ver, foi muito assertivo no pós-jogo ao dizer que, se fosse o Janderson, não só abraçaria os torcedores, como pularia no meio deles. Eu também. Porém, o árbitro da partida cumpriu a determinação exigida pela CBF.

Ele não errou. Cabe cobrar uma mudança de postura da entidade pra ontem.

Se no Brasil, o fim de semana foi polêmico, fora dele, também. Na Europa, Neymar causou mais uma vez. Ou causaram com ele? O brasileiro mandou uma lambreta durante partida contra o Montpellier, pelo Campeonato Francês. O árbitro, que não tem nada a ver com isso, chamou a atenção do jogador pelo ‘drible’. O episódio revoltou o brasileiro, que ao tirar satisfação com a arbitragem tomou cartão amarelo. O que Neymar fez faz parte do espetáculo, já a arbitragem errou feio, não pela amarelada, mas sim pela chamada.

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Em contrapartida, de volta ao Brasil, Felipe Melo, assim como Neymar, também ficou irritado, mas pela tentativa de drible do jogador Claudinho, do Red Bull Bragantino, na derrota para a equipe do interior por 2 a 1, pelo Paulistão. A atitude do agora zagueiro palmeirense não se justifica. Deveria ser proibida.

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Ao contrário da cerveja, das comemorações, dos dribles e das bandeiras que não deveriam ser proibidos, jamais.

Oras bolas, o mundo da ‘bola’, estaria ficando ‘quadrado’?

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