Por igualdade, Finlândia vai retirar termo ‘feminino’ do nome dos campeonatos de futebol
Ao invés de se chamar ‘Campeonato Feminino’, torneios passarão a se chamar ‘Liga Nacional’, por exemplo. Ideia é igualar os torneios entre homens e mulheres
Nada de falar ‘Campeonato Feminino de Futebol’. A partir de agora, o correto é dizer ‘Campeonato de Futebol’. Mas calma. Não estamos falando do Brasil. Estamos falando da Finlândia. É que por lá as autoridades entenderam que a inserção do termo ‘feminino’ reforça uma divisão de gênero entre os campeonatos. Isso porque entre os homens não há a necessidade de se utilizar o termo ‘masculino’.
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A regra aliás vale já para o principal campeonato feminino de futebol da Finlândia. Por lá, A Women’s League (Liga Feminina), vai passar a se chamar apenas “Liga Nacional”, como acontece entre os homens.
Vale lembrar que a Finlândia tem implementado uma série de regras para a promoção da igualdade de gênero no futebol. No final do ano passado, o país foi um dos pioneiros que utilizaram a igualdade salarial entre homens e mulheres na modalidade. O plano de igualdade completo dura três anos e é chefiado pelas autoridades do país.
Influência da Copa do Mundo
De acordo com as autoridades da Finlândia, a Copa do Mundo de 2019 serviu como um divisor de águas neste sentido. A competição aconteceu na França e foi alardeada aos quatro cantos como o maior torneio da história do futebol feminino. Os organizadores locais e a FIFA concordaram com essa máxima e expressaram isso em diversas entrevistas.
“A Copa do Mundo Feminina do último verão (inverno para o hemisfério Sul) provou que as pessoas não baseiam seu interesse no futebol no gênero dos jogadores”, disse Ari Lahti, que é presidente da Federação Finlandesa. “As pessoas vêm aos jogos para ver os melhores atletas jogarem futebol de qualidade. É por isso que o futebol feminino deve ser tratado igualmente com o futebol masculino”, disse ele.
“Atingir a igualdade total no esporte ainda exige muito trabalho. Nosso desejo sincero é que outras ligas da Finlândia e do mundo sigam nossa liderança. Aspiramos a ser pioneiros da igualdade aos olhos de toda a comunidade esportiva”, completou.
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