Polícia portuguesa identifica vários suspeitos de insultos racistas a Marega
Moussa Marega foi insultado por torcedores do Vitória de Guimarães no último domingo
Divulgação /Porto
Moussa Marega foi insultado por torcedores do Vitória de Guimarães no último domingo
A polícia portuguesa identificou através de fotos, vídeos e depoimentos de testemunhas as pessoas suspeitas de dirigirem insultos racistas ao atacante Moussa Marega. O francês naturalizado malinês foi humilhado durante o jogo entre Vitória de Guimarães e Porto. A partida era válida pela 21ª rodada do Campeonato Português.
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Marega abandonou o jogo após ser alvo dos torcedores dos Conquistadores que direcionaram toda a sua ira ao ex-jogador do clube. Vários companheiros do Porto e também do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas o francês naturalizado malinês não voltou atrás na decisão. Com isso, ele foi substituído pelo técnico Sérgio Conceição depois que os Dragões venciam a partida por 2 a 1.
Porém, as autoridades de Guimarães ainda não revelaram o número de suspeitos identificados até o momento. De acordo com a “RTP”, quatro torcedores já foram identificados. Além disso, outras pessoas estão sendo procuradas. No entanto, os nomes ainda estão sob sigilo da polícia.
Segundo a “Agência Lusa”, veículo de comunicação do governo português, a PSP (Polícia de Segurança Pública) está colhendo e enviando em tempo real todas as informações para o Ministério Público de Guimarães. Afinal, racismo é considerado crime passivo de cinco anos de prisão. Além disso, o condenado pode ser multado em até 10 mil euros (R$ 46 mil).
Irmão de Marega não gostou de gestos obscenos do atacante
Em entrevista ao “Le Parisien”, Houssein Marega, irmão do atacante do Porto, disse que o malinês não agiu bem ao fazer certos gestos, mas mostrou-se orgulhoso. Houssein, que atua na quinta divisão da frança, falou pela primeira vez sobre o episódio.
“Moussa levou um grande golpe, em especial porque eram torcedores de uma antiga equipe”, disse.
Houssein ainda não falou com Moussa, mas garantiu que vai adverti-lo pelos gestos obcenos que fez quando ia abandonar o campo.
“Chegou a um ponto em que quebrou. Os gestos não são bonitos. Quando falar com ele vou-lhe dizer que não agiu bem. Há crianças que o viram. É um suporte para todos os jogadores de cor, que sofrem do mesmo problema. Não vou culpá-lo por sair. Eu teria feito pior. Temos sangue quente. Acho que ele sempre soube lidar com momentos difíceis. Está bem rodeado. Tenho certeza de que esse episódio não irá atrapalhar a sequência da temporada dele no Porto”, encerrou.
