Home Futebol Paulo Autuori é apresentado no Botafogo e afirma: “Tenho que dar uma reciprocidade para o clube que tudo me proporcionou”

Paulo Autuori é apresentado no Botafogo e afirma: “Tenho que dar uma reciprocidade para o clube que tudo me proporcionou”

Autuori foi Campeão Brasileiro pelo alvinegro em 95 e retorna ao clube após a demissão de Alberto Valentim

Ítalo Bruno
Colaborador do Torcedores.com.

Autuori foi Campeão Brasileiro pelo alvinegro em 95 e retorna ao clube após a demissão de Alberto Valentim

O Botafogo apresentou nesta quinta-feira um velho conhecido do torcedor alvinegro: Paulo Autuori. Além da passagem marcante em 95, quando conduziu a equipe ao título de Campeão Brasileiro, o treinador esteve no comando do clube de General Severiano em 1998 e 2001.

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Demonstrando gratidão por toda história vivida no clube, Autuori destacou a sua satisfação em retornar ao Botafogo.

“ Não posso começar a falar sem dizer a satisfação e honra de estar ao lado do Espinosa. Sempre nos mostrou que é possível ganhar com vontade e caráter. É um orgulho e satisfação estar no Glorioso. Tudo o que eu sou no Brasil é devido à instituição, ao Botafogo”, ressaltou.

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“Abri mão daquilo que defini para a minha carreira no Brasil porque é o Botafogo e tenho que dar uma reciprocidade para o clube que tudo me proporcionou. Contribuir para que possamos passar por algumas mudanças e transformações e dar meu contributo junto com o Espinosa”, completou o treinador.

A dificuldade financeira vivida pelo clube também foi assunto. O treinador afirmou ter ciência do momento e ressaltou ter uma dívida de gratidão com o clube.

“Chego ciente das dificuldades que tem a ver com o futebol brasileiro. O que não posso aceitar (no futebol brasileiro) é que essas coisas se tornem corriqueiras. São valores e princípios inegociáveis. Aceitei o Botafogo porque devo tudo a esse clube.”

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Outros temas também foram abordados por Paulo Autuori. Confira:

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Honda

“Foi uma contratação muito bem feita. É um profissional exemplar e precisamos de referências assim. Vai agregar muito ao grupo em termos técnicos. Foi uma tirada de mestre do clube. Se eu falar japonês com ele, vou contra aquilo de pensar no futebol como um todo. A gente pode falar em outro idioma, ele fala quatro. Num deles posso dar uma beliscadinha.”

Conquista de 95

“A partir de hoje não vou mais me referir a esse tempo. Já foi, é a história do clube. Queremos criar um solo fértil. Nosso olhar tem que ser para a frente e dentro dessa nova oportunidade que existe para o Botafogo.”

Clube-empresa

“Minha visão é completamente sistêmica. É óbvio que vou estar envolvido, mas vou me referir só ao que tem a ver com o futebol. Uma coisa é informação, outra é conhecimento. Como eu falaria sobre algo que tenho, de maneira superficial, informações? Agora para falar de futebol, podemos mergulhar fundo.”

Análise de jogadores

“Em nenhum clube que eu passei exigi vinda de jogador. Meu trabalho tem como característica o desenvolvimento do jogador. Outra característica que tenho é usar jogadores com sangue do clube. Cada vez mais o futebol precisa de um trabalho de base bem feito. O Botafogo passou por isso e se hoje o Botafogo tem muitos jogadores da base no clube é muito trabalho do Renha (VP de base). Nem toquei na situação de nomes a serem analisados.”

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Perfil dos jogadores

“O importante é que a vinda tenha um critério de necessidade de criar um perfil como Honda e também Marcelo, Carli e que sirva de referência para os mais novos. Principalmente tem que ter uma análise de mercado muito bem feita e tem que ter características claras sobre o que o clube pensa de jogo. Tenho a ideia de unificar, e isso é o que eu gosto, o futebol do clube.”

Autouri atualmente

“Chego com 63 anos, bem diferente daquele. Clube me proporcionou a oportunidade de ter um título brasileiro com 39 anos. Aquele grupo de 95 foi formado ao longo da competição. Eu chego diferente. A essência do futebol não mudou, que é o talento. Hoje tem muito uma questão de terminologia, último terço, transição. O contexto é completamente diferente. As comparações são odiosas, como se fala em Portugal. Como eu chego? Prefiro expressar nos gestos, atos e atitudes no dia a dia.”

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