Depois de greves e protestos, jogadoras da primeira divisão espanhola ganharam uma série de direitos salariais como piso, férias e outros auxílios
O futebol feminino da Espanha está em festa. Logo depois de sucessivas greves, protestos e boicotes, as jogadoras espanholas conseguiram assinar um acordo salarial considerado histórico. Elas passarão a ganhar uma série de benefícios que antes não tinham. Entre esses benefícios estarão questões como um piso mínimo e férias remuneradas.
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Mas as mudanças não valerão para todas as jogadoras. Inicialmente, esse acordo abrange apenas as atletas que jogam na primeira divisão do campeonato espanhol. Assim, as demais ainda precisarão passar pelo método antigo de pagamento.
Trata-se portanto do primeiro acordo coletivo do futebol feminino na Espanha. Com esse novo acordo, as jogadoras espanholas vão receber no mínimo 16 mil euros por ano. Este valor não considera todos os benefícios extras. Estes eram justamente os pedidos oficiais das jogadoras. Elas chegaram a entrar em greve em novembro de 2019 para reivindicar essas questões.
O acordo foi assinado nesta terça-feira (18). Mas só foi divulgado oficialmente nesta quarta-feira (19). Além dos salários, elas terão direito a férias remuneradas, licença maternidade e outros benefícios. Militantes do direitos das mulheres no esporte comemoram o acordo. Aliás, as próprias jogadoras espanholas classificaram o dia da assinatura do acordo como um ponto de inflexão na história do futebol feminino da Espanha.
O que dizem as jogadoras
A presidente da Associação de Clubes de Futebol Feminino da Espanha, Ruben Alcaine, comemorou. “Este é um momento para comemorar e agora todos os atores do futebol feminino precisam trabalhar juntos. Precisávamos de um modelo sustentável para o futebol feminino, a fim de armar o esporte com melhores recursos “, disse ela.
A ministra do esporte da Espanha, Irene Lozano, também comemorou o acordo. “Este é um dia histórico, porque esse acordo coletivo é muito importante para jogadoras que estão preocupadas com o futuro”, disse ela. “Também é importante para todas as mulheres espanholas, porque quando um grupo de pessoas faz avanços, o mesmo acontece com todos os outros”, completou.
O acordo acontece cerca de sete meses depois da Copa do Mundo feminina da FIFA de 2019. Analistas dizem que aquela competição pode ter mudado os rumos do futebol feminino ao redor do mundo.
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