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Governo Federal reduz em 94% a verba destinada a atletas militares

Ainda que seja comum a diminuição em anos de jogos olímpicos, corte feito para desporto militar em 2020 atingiu recorde

Por Vinícius Rodrigues Alves em 04/02/2020 16:19 - Atualizado há 10 meses

Reprodução/Time Brasil

Ainda que seja comum a diminuição em anos de jogos olímpicos, corte feito para desporto militar em 2020 atingiu recorde

O Governo Federal reduziu em 94% a verba destinada aos atletas militares. O valor é aplicado na infraestrutura para treinamentos e viagens dos atletas. O corte está previsto no primeiro orçamento da gestão do presidente Jair Bolsonaro.

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De acordo com matéria publicada na Folha de São Paulo, em 2020, os militares terão à disposição o valor total de 600 mil reais. No ano anterior, a quantia disponibilizada pelo Governo foi de R$ 10 milhões.

Ainda que seja comum a redução da verba em anos de Olimpíadas por conta do principal aporte financeiro vir do Comitê Olímpico Internacional, a proporção na redução é recorde em 2020. Em um comparativo, durante o ano da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro a redução foi de 65% (R$ 9,5 milhões em 2015 e R$ 3,3 milhões em 2016).

Diante do atual momento, o diretor do departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, general Jorge Antonio Smicelto, se manifestou:

“Se me dessem mais, eu teria. Não fui que pedi R$ 600 mil. Temos que atender a varias frentes, como a de formação e os programas sociais. Então, eu manobro com o orçamento de R$ 600 mil”, disse o general.

 “Não precisamos de investimentos nos atletas que vão para Tóquio. O COB tem todo o seu planejamento, é até ruim para nós descolarmos atletas para competições antes da Olimpíada”, finalizou Smicelato.

A matéria do jornal ainda informa que em 2019, mesmo com o investimento recorde de R$ 10 milhões, o quadro de atletas militares sofreu uma redução, indo de 630 para 534.

Na disputa dos Jogos Mundiais Militares do ano passado o Brasil terminou a disputa na terceira posição no quadro geral, conquistando 88 medalhas (21 ouros, 31 pratas e 36 bronzes).

Atualmente, os principais nomes que competem pelas forças armadas, e que precisam representar o Brasil nos jogos Militares e em cerimônias de premiação são o ginasta Arthur Nory e a boxeadora Bia Ferreira. Em 2019 eles receberam fardados o prêmio de melhores atletas pelo COB.

O atleta que compete pelas forças armadas (Marinha, Exército ou Aeronáutica) tem à sua disposição os benefícios trabalhistas da carreira militar, recebendo um salário equivalente a R$3.825 (soldo de terceiro sargento), além de ter acesso às instalações esportivas das Forças Armadas, muito embora não precise deixar seu clube.

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