Comandante da arbitragem na CBF ainda falou sobre o tempo médio gasto na análise das jogadas
Novidade na última edição do Campeonato Brasileiro, o VAR foi um dos assuntos centrais do certame. Criticado pela excessiva demora e por uma inicial falta de transparência, o recurso tecnológico foi sofrendo alterações e se aperfeiçoando ao longo da temporada, e no saldo final teve uma expressiva aprovação de jogadores e técnicos. Responsável por presidir a comissão da arbitragem da CBF, o ex-árbitro Leonardo Gaciba concedeu uma entrevista exclusiva para o “O Tempo”, onde destacou números que contextualizam um avanço com o árbitro de vídeo.
Você conhece o canal do Torcedores no YouTube? Clique e se inscreva! Siga o Torcedores também no Instagram
Segundo Gaciba, a evolução do VAR foi contínua no Brasileirão, onde os erros considerados capitais foram reduzidos drasticamente. O comandante ainda revelou que possíveis novidades no recurso tecnológico já podem surgir nesta temporada.
“É bem positivo. O processo foi crescendo durante o campeonato, tomando um padrão. Como todo um processo inicial, a gente demora um tempinho para compreender o que acontece. Mas os números finais são mais impactantes. Saímos de 188 erros capitais em 2018 para 36 em 2019. De cinco erros capitais por rodada para um a cada dez jogos. Foi uma grande evolução. Para o próximo campeonato, a gente tentando algumas coisas. Queremos ter firmeza, confirmação, 100% de credibilidade para fazermos um árbitro de vídeo centralizado. A maneira como vamos divulgar as imagens vamos acertar com os clubes. Tendo um OK, teremos bastante novidades”, pontuou o ex-árbitro.
Um das grandes motivações para críticas ao VAR foi o longo tempo de paralisação para análise do lance em questão e tomada de decisão. Questionado sobre isso na entrevista, Gaciba destacou que o Brasil ficou na média internacional e que alguns jogos chamam atenção por uma parada mais excessiva, contudo, são acontecimentos isolados.
“Tudo é tempo. Terminamos o campeonato com uma média de 1min34 seg, enquanto que, na Liga dos Campeões, a média é de 1m30seg, praticamente não existe a diferença. O problema é que um ou dois jogos que aconteceram um maior tempo de intervenção do VAR acabou marcado. Mas foram 380 jogos e terminamos o campeonato com o nível internacional de primeira linha”, concluiu.