Representante do Sindicato, Kevin Trapp disse que é necessário “tempo para relaxar”
O Sindicato Mundial de Jogadores (FIFPro) quer que haja um teto de jogos por temporada para que os atletas não tenham desgaste elevado. Em entrevista publicada pelo Globoesporte.com, o goleiro Kevin Trapp comentou o assunto que está em debate na instituição.
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Membro do Conselho Global de Jogadores (GPC, em inglês), lançado em janeiro, o goleiro do Eintracht Frankfurt, que defendeu o PSG por três temporadas, disse que é necessário estabelecer um limite, mesmo que seja difícil.
“É difícil estabelecer um teto ou limite para a quantidade de jogos no ano. O jogador ama futebol, quer estar presente no máximo de partidas possível. Há uma quantidade de jogos, entre 60 e 70 por ano, que já é muito grande, mas ainda é ok”, apontou Trapp.
“Acima disso é realmente complicado. Não é só jogar futebol. É a viagem, toda a preparação. É fundamental ter uma pausa, para o atleta relaxar a mente. A qualidade não será dada se tivermos que jogar o tempo todo e nós precisamos falar alto sobre isso.”
Ainda ao Globoesporte, o goleiro da seleção alemã apontou a importância do novo órgão da FIFPro.
“Quero deixar claro que não estamos indo contra alguém, alguma instituição. O GPC é para ser um espaço de troca e uma voz para os jogadores”, disse o ex-PSG.
“Permitir que se expressem sobre o que é importante para eles e elas. Nós vamos respeitar as decisões que forem tomadas por outras entidades. Mas temos que compartilhar as nossas experiências e o nosso ponto de vista. Estamos aqui para ajudar nas mudanças.”
Outro debate proposto pelo Conselho foi o racismo no futebol, que ganhou episódios lamentáveis na temporada 2019/2020.
“Estamos em 2020 e isso ainda é um tema. É uma vergonha isso”, criticou o jogador.
“Temos que nos livrar do racismo. Futebol é global, com jogadores de todos os cantos do mundo, para todas as pessoas do mundo torcerem. Não há espaço para o racismo, em qualquer lugar da sociedade. Quando nos juntarmos de novo, vamos falar de outros temas, claro. Mas acho que agora os tópicos que temos são bem grandes.”