FIFA 20: SpiderKong fala sobre sua temporada e afirma: “eu não vou aceitar ficar fora da Copa do Mundo”
Miguel ‘SpiderKong’ é atleta da Roma e atual 9º do mundo no Xbox
Miguel ‘SpiderKong’ é atleta da Roma e atual 9º do mundo no Xbox
Quando Miguel começou a acompanhar os campeonatos de FIFA, por volta de 2016, nem passava pela sua cabeça ser profissional. O gaúcho assistia por diversão, mas quando soube que a EA Sports pagava passagem e estadia ao jogadores, viu ali uma chance de viajar e conhecer o mundo. “Eu percebi que a EA pagava as passagens para os torneios, então enxerguei ali uma das poucas oportunidades de viajar e conhecer outros lugares”.
“Antes era só por diversão, mas depois do regional que o Rafifa foi campeão, aí peguei o gosto. Eu me achava bom, mas não tinha uma noção de competições. Acabei jogando e vencendo a VISA FIWC 2017. Foi quando levei mais a sério e disputar campeonatos.”
Desde o título da FIWC de 2017, o último grande torneio que o Brasil teve, a vida de Miguel começou a mudar. Aos poucos, ele foi se envolvendo cada vez mais no mundo competitivo do FIFA. Em 2018, assinou com a NSE Netshoes e disputou duas Fut Champions Cup. Uma em Barcelona e outra em Manchester. Em 2019, passou a maior parte da temporada como Free Agent, mas mesmo assim conseguiu competir na FCC de Bucarest e também na de Londres. Quase disputou os Playoffs daquele ano.
Spider assinou com a Roma em Novembro de 2019 (Créditos: Divulgação/Roma)
O ATAQUE DE SPIDERKONG NO FIFA 20
Mas foi mesmo no FIFA 20 que o SpiderKong saiu da “Ilha da Caveira para destruir New York”. Logo na primeira Fut Champions Cup da temporada, ficou no top 4 do Xbox, sendo derrotado apenas por Donovan ‘Tekkz‘. Após brilhar aos olhos do mundo, não demorou muito e a proposta da Roma veio.
“Eu esperei muito tempo por algo grande, eu não queria qualquer coisa. Não ia assinar com um time só pela camisa. Depois do meu desempenho na FFC 1, achei que poderia arrumar alguma equipe. Então, quando o GoalMAchine foi banido, a Roma me chamou. Fiquei muito feliz”
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— AS Roma Esports (@ASRomaEsports) November 21, 2019
Em entrevista exclusiva ao Torcedores, Miguel ‘SpiderKong‘ falou sobre sua experiência sendo jogador da Roma, a relação com o polonês Damie, o incrível desempenho no mundial de clubes, a polêmica do ‘overload ball side‘ e o cenário brasileiro de FIFA. Além disso, afirmou que não gosta muito desse FIFA e nem treina durante a semana: “Eu não treino durante a semana. Eu não gosto de jogar durante a semana pois acho que não me agrega em nada. Só jogo a Weekend League e os Qualifiers mesmo.
Torcedores – Assinatura com a ROMA aconteceu em novembro de 2019. Como foi esse contato?
Spider Kong – O Colin foi uma das primeiras pessoas que conheci fora do Brasil. A gente já conversava e foi ele quem fez contato. É uma pessoa incrível. Depois que peguei top 4 da primeira FCC, pensei que eu poderia arrumar um clube. Ele me contou que o GoalMachine foi banido e então tinha uma vaga na equipe.
T- Qual é o apoio que a Roma lhe oferece?
SK- Eles me dão salário e me dão fifa points. Deram toda a estrutura para ir disputar o classificatório de clubes lá em Londres.
T- Você conversa com o Damie, seu companheiro de quipe? O que você tem pra falar dele?
SK – A gente se da bem, ele é bem gente boa. Isso ajuda no desempenho. Mas não nos conversamos muito e nem interagimos. Afinal, ele mora longe e não dá pra jogar junto.
T- Qual a principal diferença das equipes de fora pros clubes do Brasil?
SK – É dinheiro mesmo. O investimento. O trabalho da Netshoes, por exemplo, é muito bom. O Marcelo batalha muito. Caso tivéssemos dinheiro aqui, as equipes brasileiras fariam um trabalho tão bom quanto.
(Créditos: Divulgação/SpiderKong)
T – Qual era a sua expectativa antes da Copa do Mundo de clubes?
SK – Olha, se me oferecessem top 4 antes do torneio, eu assinaria na hora. Mas do jeito que rolou, foi triste. Eu sai sem perder nenhum jogo, e a minha partida nas semi eu amassei meu adversário. Perdi pênalti e tudo. Ficou um gosto amargo.
T – No jogo contra a Fnatic, você neutralizou o Tekkz. Você fez algum estudo especial para enfrentá-lo?
SpiderKong – Quando eu cheguei lá e vi que o primeiro jogo era contra a Fnatic, já fiquei um pouco tenso. Ai o Damie perdeu por 3 a 0 pro To. Mas então eu bati o Tekkz por 3 a 0 também. Ai a confiança cresceu. E a confiança no FIFA é fundamental. Isso ajudou bastante. E também não mudei a minha gameplay para enfrentar o Tekkz. Eu jogo meu jogo igual com todo mundo.
T – Agora me diz sobre aquele gol da classificação no último segundo contra a Faze, tudo o que rolou e o terceiro jogo
Então, aquele jogou rolou muita coisa. Teve muito disconnect. Na partida 2v2, a gente tava ganhando, a partida caiu. Ai voltou e tomamos o gol com 10 segundos. Muita coisa que me deixou nos nervos. Foi um confronto tenso.
Fomos para o desempate e com 5 minutos o meu adversário pôs a bola pra fora, pausou e reclamou do lag. Eu já tava muito tenso por ser o jogo valendo vaga, e tudo isso ainda acontece pra tirar a concentração. Por isso que o grito foi tão alto na hora do gol da vitória. Eu extravasei.
? Some #MondayMotivation from @TheSpiderKong! ???#FIFAeClubWorldCup pic.twitter.com/rRpkpiEJ5N
— AS Roma Esports (@ASRomaEsports) February 10, 2020
T – A principal crítica nesse torneio foi sobre o instrução de ‘overload ball side’. Alias, o MaXe VIp não deu 1 chute no gol na final contra o Resende. O quê você tem a dizer sobre essa instrução num cenário competitivo?
SK – Olha, eu acho que isso não prejudica tanto nos torneios. Lá não tem lag e os jogadores respondem melhor. Porém, pra quem ta assistindo é um porre. Eu acho que não vai mudar até o final do FIFA, mas vamos esperar.
Desde o início eu avisei que a marcação tava automática. Qualquer passe perto do teu jogador ele intercepta. Hoje em dia ta muito automático e isso é ruim. Deixa o ‘skillgap’ do jogo baixo.
Nesse campeonato tentou-se um acordo de cavalheiros para não usar o ‘overload’, mas não tinha uma garantia. E ai na hora do ‘vamos ver’, nada garante que o cara vai fazer jus ao combinado.
T – Qual é a expectativa pro resto da temporada?
SK – Antes do FIFA eu queria chegar no playoffs. Mas como eu fui muito bem, eu não vou aceitar não ir à Copa do Mundo. Além disso, quero muito disputar a eNations pelo Brasil.
SpiderKong disputa neste final de semana, entre 29 de fevereiro e 1 abril, o qualify da Fut Champions Cup V. Atualmente na 9ª posição no ranking Global Series com 1,920 pontos, ele está muito perto de garantir sua classificação à FIFA eWorld Cup. O mundial acontece no final da temporada e é o maior torneio do calendário.
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