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Ex-namorada de Senna acusa escritora de “crimes graves” e entra na Justiça

Imbróglio durante a produção de biografia rendeu ação judicial de ambas partes

Por Yuri Bascopé em 03/02/2020 17:29 - Atualizado há 3 anos

Reprodução/Instagram

Imbróglio durante a produção de biografia rendeu ação judicial de ambas partes

Adriane Yamin, ex-namorada de Ayrton Senna, entrará na Justiça contra uma ex-colaboradora que, segundo ela, quebrou o sigilo contratual de sua obra biográfica “Minha Garota”, que retrata o relacionamento de Adriane com o falecido piloto.

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O alvo é a escritora Malu Magalhães, que entrou com uma ação recentemente exigindo ser reconhecida como co-autora do livro. Segundo Malu, ela ajudou a escrever parte da obra, mas não teve a sua colaboração creditada. Ela também está pedindo uma indenização por danos morais e de imagem.

Em entrevista para o portal UOL, Adriane confirmou o vínculo de Malu com a obra, mas informou que o contrato havia sido rescindido por não ter ficado satisfeita com o serviço prestado.

“Já tinham sido entregues umas 300 páginas escritas na mão dessa senhora e era para ela definir a parte técnica do livro para depois terminarmos. Ela não chegou no depois. Rescindimos o contrato porque eu percebi que o resultado daquilo não tinha que ir mais para frente. Eu não estava satisfeita. Como aconteceu com as outras etapas, eu teria que pagar antecipadamente para que ela cumprisse. Como rescindimos o contrato, não foram pagas as outras vezes. Ela recebeu antecipadamente pelas etapas nas quais trabalhou. O material que ela me mandou foi o que ela recebeu e com pequenos ajustes”, disse ela.

Adriane disse que Malu recebeu pelo serviço prestado e que após a rescisão, contratou outra escritora. A defesa da empresária afirmou que o acordo entre as duas partes continha uma cláusula de sigilo que não poderia ter sido violada após o fim do contrato.

O outro lado

Procurada pela reportagem do UOL, o advogado de Malu Magalhães, Paulo Vasconcelos, disse que a empresária estava ofendendo os direitos morais do autor ao utilizar a obra sem o devido crédito, o que demanda até mesmo retratação pública, sem prejuízo do fato de que o contrato foi rescindido e descumprido por Adriane.

“A atribuição da autoria ao autor é um direito primário, que só pode ser mitigado por contrato cumprido e em vigor. Se a Adriane entende que o trabalho realizado não estava adequado, não há problema em rescindir o contrato, desde que não exista a utilização da obra”, disse ele.

Segundo informações obtidas pelo colunista Ricardo Feltrin, o acordo previa um pagamento de R$ 25 mil à Malu. Porém, a escritora não ficou até a conclusão do livro e recebeu só R$ 10 mil pelos serviços prestados.

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