Com Dudamel demitido, metade dos técnicos estrangeiros trazidos em 2020 já caiu
Demissão de Dudamel já foi a segunda de um técnico estrangeiro em menos de dois meses do ano, sobrando apenas Coudet e Jesualdo dos chegados em 2020
Demissão de Dudamel já foi a segunda de um técnico estrangeiro em menos de dois meses do ano, sobrando apenas Coudet e Jesualdo dos chegados em 2020
Depois do sucesso de Jorge Jesus e Jorge Sampaoli em 2019, alguns clubes resolveram apostar em técnicos entrangeiros, especialmente por conta do descrédito com os técnicos daqui. Internacional, Santos, Atlético-MG e Avaí fizeram apostas em técnicos de fora e antes de completarmos dois meses em 2020 metade deles já foi dispensada. Vamos ao desempenho de cada um:
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Augusto Inácio – Avaí (demitido)
Desempenho: sete jogos, duas vitórias, um empate e quatro derrotas, com cinco gols marcados e sete sofridos.
O menos conhecido de todos, teve o trabalho mais curto também. Foi demitido antes da metade de fevereiro, após perder a recopa catarinense para o Brusque por 2 a 0, fazer uma campanha irregular no campeonato local com duas vitórias em cinco jogos e ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil pela Ferroviária, derrotado por 2 a 0. Sequer chegou a dez jogos no comando.
Rafael Dudamel – Atlético-MG (demitido)
Desempenho: 10 jogos, quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas, com 13 gols marcados e oito sofridos.
O começo promissor com duas vitórias nos dois primeiros jogos logo foi esquecido com apresentações abaixo da média da equipe do Galo. Apesar dos tropeços no campeonato mineiro em que empatou com Coimbra, Tombense e perdeu para a Caldense, o que tornou o trabalho de Dudamel insustentável foi o péssimo desempenho nas copas.
A eliminação contra o inexpressivo Union de Santa Fé já tinha sido alvo de críticas, mas a vitória com um bom futebol no jogo de volta (a equipe venceu por 2 a 0, mas caiu porque perdeu na ida por 3 a 0) deixou uma impressão de acidente de percurso. Entretanto cair na Copa do Brasil na segunda fase, sem ter vencido nenhum jogo acabou sendo mais do que Dudamel suportou, especialmente pelo fato da equipe cair para o desconhecido Afogados e ficar sem nenhuma Copa para disputar ainda em fevereiro.
Jesualdo Ferreira – Santos
Desempenho: sete partidas, três vitórias, dois empates e duas derrotas, com seis gols marcados e cinco sofridos.
Parece ser o próximo técnico da lista a acompanhar os dois primeiros. Apesar de fazer um campanha regular no Paulista, Jesualdo é muito cobrado por conta do desempenho muito abaixo da equipe, que mostra grandes dificuldades no ataque. Pesou contra ele o péssimo desempenho no clássico contra o Corinthians, onde o Santos foi completamente dominado pelo rival.
Aqui pesam alguns fatores externos como a comparação com Sampaoli (mesmo eles tendo estilos diferentes), a insatisfação da torcida que quer sua demissão e também da direção do alvinegro que pressiona o presidente para que o tire do comando.
Eduardo Coudet – Internacional
Desempenho: 10 partidas, seis vitórias, três empates e uma derrotas, com 13 gols marcados e cinco sofridos.
Único dos quatro que tem apresentado um bom resultado, Coudet conseguiu o principal objetivo da equipe, que era avançar para a fase de grupos das Copa Libertadores da América, o que sem dúvida dará mais tranquilidade para o argentino trabalhar.
Existem algumas críticas pontuais por parte de escolhas dele e também por conta da derrota no Gre-Nal, entretanto no momento não parecem ter forças para pressionar uma mudança, o que pode mudar de acordo com o desempenho na fase de grupos da competição continental, especialmente contra o rival Grêmio.
Perspectiva
A queda precoce dos técnicos vindos de fora pode frear a chegada de novos estrangeiros para o comando de clubes brasileiros e talvez resgatar muitos dos medalhões daqui que perderam espaço no final de 2019. Entretanto isso pode mudar caso Sampaoli retorne para alguma equipe ou mesmo Coudet consiga fazer um bom trabalho no Internacional. O momento agora é de incógnita para os treinadores de outros países.
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