Abidal x Messi, “Fala, Zezé”, Petraglia x Rony, elenco do Flamengo cobrando premiações e mais: Cartolas protagonizam discussões no futebol brasileiro e internacional
A última terça (4) foi quente nos bastidores do Barcelona. Após Éric Abidal, ex-jogador e atual dirigente do clube, revelar ao jornal espanhol “Sport” que Ernesto Valverde foi demitido porque os jogadores estavam insatisfeitos, Messi o respondeu incisivamente em seu Instagram e criou um “climão”. Segundo Messi, “cada um tem que ser responsável por suas tarefas e cuidar de suas decisões.” Além disso, o camisa 10 também cobrou os “nomes” a quem Abidal se referia, pois, caso contrário, o dirigente “estaria manchando todos (os jogadores).”
Cartolas protagonizarem “climões” nos clubes é normal, tanto no Brasil quanto fora dele. Às vezes, tudo é abafado e resolvido internamente. Entretanto, muitas vezes os envolvidos fazem questão de deixar tudo público, como fez Messi. Por isso, nós, do Torcedores, listamos casos recentes de discussões envolvendo dirigentes e clubes brasileiros. Venha relembrar com a gente!
1- “Fala, Zezé”
Não tem como fazer uma lista de “climões” sem lembrar do recente caso entre Thiago Neves e Zezé Perrella. À beira do rebaixamento, o Cruzeiro iria enfrentar o CSA numa das últimas tentativas de permanecer na Série A. Porém, o clube vivia (e ainda vive) uma crise financeira sem precedentes, e devia salários aos jogadores.
A fim de amenizar a situação antes da partida, Thiago Neves, um dos líderes do elenco, enviou um áudio cobrando os salários atrasados a Zezé Perrella, o então presidente do conselho deliberativo e gestor de futebol do Cruzeiro. O áudio vazou e virou um dos maiores memes futebolísticos dos últimos tempos.
Confira o áudio na íntegra:
2- Petraglia x Rony
Rony, do Athletico Paranaense, vivia uma situação complicada no clube desde o início do ano. O jogador despertou interesse de gigantes como Corinthians e Palmeiras, e então recusou uma oferta de renovação com o Furacão. Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico e um dos dirigentes que mais acumula “climões” com jogadores e clubes no país, ficou furioso com a situação.
Inicialmente, o jogador foi afastado da equipe principal e o obrigaram a treinar com a equipe de aspirantes. Entretanto, as retaliações não pararam por aí. O advogado do jogador, Carlos André, em entrevista à “Fox Sports”, disse que os dirigentes chegaram a fazer “ameaças veladas”. “O Petraglia e o Paulo André chamaram ele no vestiário e fizeram uma ameaça velada, isso é muito grave. Disseram que na época do Dagoberto, com a proposta do São Paulo, ele não poderia sair na rua e o menino ficou assustado”, revelou.
Hoje (5), a situação parece ter sido resolvida entre as partes e Rony foi reintegrado ao elenco.
3- Jogadores do Flamengo cobrando premiações de funcionários aos dirigentes
Continuando a lista de climões: um dia antes da final do mundial contra o Liverpool, os jogadores do Flamengo cobraram aos dirigentes o pagamento da premiação combinada com os funcionários do clube. De acordo com o Globoesporte.com, os bastidores estavam em “polvorosa”.
Os capitães Diego, Diego Alves e Everton Ribeiro chegaram a se reunir com os dirigentes no próprio dia do jogo para tratar da questão. O impasse se deu porque os jogadores queriam que 30% das premiações das competições vencidas fossem para funcionários do clube. Porém, a diretoria discordava desse percentual e queria pagar menos.
O assunto veio a público e deixou a torcida rubro-negra aflita. Afinal, o time estava prestes a disputar o jogo mais importante desde 1981. Tudo que o Flamengo menos precisava era um desgaste entre elenco e diretoria naquele momento.
4- Paulo Autuori x José Carlos Peres
José Carlos Peres, presidente do Santos, é outro “rei dos climões” com dirigentes e jogadores. Um dos casos mais recentes e famosos foi com o ex-superintendente de futebol santista, Paulo Autuori.
Uma situação que ilustra bem o relacionamento entre os dois envolveu o jogador Cueva. O peruano teve diversos problemas de comportamento e foi afastado do elenco por Autuori e o então técnico Sampaoli. No entanto, o presidente Peres concedeu uma entrevista à “TV Gazeta” sugerindo que poderia reintegrar Cueva ao grupo. Autuori, então, rebateu o presidente dizendo que “jamais iria permitir esse tipo de interferência”.
Cerca de um mês antes do caso Cueva, Autuori já havia desabafado publicamente sobre sua relação com Peres. “Estou extremamente desapontado com a maneira que as coisas estão ocorrendo em relação à gestão.” No fim, acabou deixando o cargo.
LEIA MAIS:
Estreia no Grêmio foi sob tensão, diz Thiago Neves; apoio da torcida ajudou o jogador
Renato fala sobre Thiago Neves e Diego Souza e cita Romário para defendê-los