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Ex-lateral de Roma e Milan acredita os jogadores nacionais não têm mais a mesma qualidade de sua época e usou o exemplo de Gabigol e Pedro na Europa
Artilheiros no Flamengo, os atacantes Gabigol e Pedro são inferiorizados por suas passagens sem sucesso na Europa recentemente. Ambos os jogadores foram contratados por times da Itália, mas retornaram ao Brasil. Para Cafu, ex-lateral de Milan e Roma, além da seleção brasileira, o futebol brasileiro tem menos qualidade do que os europeus.
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“No caso do Pedro e do Gabigol, eles vêm se destacando no Brasil, mas na Europa acabaram não dando certo. E por que não deu certo? Porque a qualidade técnica do futebol brasileiro não é mais a mesma, isso é nítido, é claro. Não tem como esconder isso. O futebol brasileiro vem perdendo em termos de qualidade para o futebol europeu há alguns anos e a gente não tomou conta disso”, afirmou Cafu ao Estado de S. Paulo.
Ainda sobre o Flamengo, Cafu, que revelou ser “torcedor de coração” do Liverpool, afirmou que o time inglês não foi o mesmo na final do Mundial de Clubes. “Na minha opinião, nunca vi o Liverpool jogar uma partida tão apática quanto aquela contra o Flamengo. E olha que torço pelo Liverpool, acompanho os jogos do time. E acompanhei todos os jogos do Flamengo, principalmente na Libertadores, para ver a maneira como o Flamengo jogava”, disse.
“Sabia que poderia jogar de igual para igual com o Liverpool, pelo jeito que vinha jogando. Acho que era o único time brasileiro que poderia enfrentar o Liverpool da maneira como enfrentou. Mas nunca vi um Liverpool tão apático. Nunca vi o Mané errar um gol que errou, os gols que o Firmino perdeu. E o Flamengo teve chance de empatar e, quem sabe, poderia até ganhar numa disputa de pênalti. De qualquer jeito, o Flamengo está de parabéns por tudo o que fez. Realmente foi para cima do Liverpool, jogou de igual para igual sim”, comentou Cafu.
Cafu quer permanência de Tite, mas escolhe substituto ideal
Campeão do mundo em 2002, o ex-lateral-direito afirmou que Tite deve seguir no comando da seleção brasileira, mas deixou Jorge Jesus de lado e preferiu um treinador nacional como substituto.
“Hoje é o Renato Gaúcho. Falo sem ter partido. Acho que é a melhor opção que temos para o lugar do Tite. Claro que não estou tirando o Tite do cargo. Não acho justo que um treinador comece as Eliminatórias e deixe a seleção antes do fim da competição. Isso, para mim, é falta de respeito. Se começar com um treinador, termina com ele. O Brasil não fica fora da Copa. Nunca ficou e não vai ficar fora desta também. Se nós começarmos com o Tite, vamos até o fim das Eliminatórias com ele e vamos para a Copa com ele também”, afirmou.
Cafu ainda colocou a seleção brasileira como favorita à conquista do hexacampeonato em 2022. “Se eu falar que chegará como favorito, acho que você não vai acreditar. Sou muito otimista, principalmente em termos de seleção brasileira. Temos uma nata de jogador muito bom. Se juntar a sub-17 com a sub-23, que foram campeões, temos um excelente elenco”, disse.
“Ainda não temos um ótimo time, que é aquele que é campeão. Juntando esses meninos com a experiência de jogadores que já estiveram em Copa do Mundo, Copa América e Olimpíada, temos uma seleção extremamente competitiva. Se nós mudarmos nossa mentalidade e colocar na nossa cabeça que temos condição de ser campeões, acho que o Brasil vai fazer uma grande Copa em 2022”, concluiu Cafu.
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