Visão de repórter: Briosa joga mal, mas vence a Lusa em “clássico português”

Em partida ruim tecnicamente, a Briosa levou a melhor sobre a Portuguesa após erro do goleiro Dida

Era uma “festa portuguesa, com certeza”, mas quem saiu feliz foi a da baixada santista. Em um jogo pobre tecnicamente, a Briosa derrotou a Portuguesa em um erro do goleiro da Lusa, Dida, e assumiu a liderança da Série A2 do Campeonato Paulista. Após o apito final, a torcida mandante, que havia apoiado o jogo todo, entoou gritos de cobrança e insatisfação.

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Lusa manda no primeiro tempo

Em um jogo sem grandes favoritos, a Lusa buscou o ataque logo no início da partida. Aos 8′ veio a primeira chance, em cabeçada de Jorge Eduardo na trave. Na sobra, sem goleiro, Bruno Mota chutou por cima do gol. A equipe continuou criando e teve outras duas boas chances antes dos 20 minutos. Porém, a falta de pontaria dos atacantes evitou que a Lusa abrisse o placar. Já perto do fim, aos 40′, o juiz Leandro Carvalho da Silva não assinalou pênalti para os donos da casa e deixou o técnico Moacir Júnior furioso.

Segundo tempo morno

O intervalo fez bem para a Portuguesa Santista. A equipe de Sérgio Guedes entrou ligada, marcando pressão e não deixou a Lusa controlar o jogo, como havia feito na primeira etapa. Apesar disso, a equipe careceu de controle do meio de campo e tentava chegar ao ataque através de lançamentos. Em duas oportunidades a Briosa causou perigo, mas a pontaria, assim como a da rival no primeiro tempo, era ruim.

Erro de Dida decide o jogo

Quando tudo caminhava para um empate monótono no Canindé, o goleiro Dida (não o famoso) resolveu aprontar. Juazeiro, que havia entrado no segundo tempo, arrisco despretensiosamente de fora da área. O arqueiro da Lusa escorregou no lance e, sentado, assistiu a bola entrar no gol. A Lusa ainda tentou ir para o desespero, mas não conseguiu furar a defesa da Briosa.

Cera da Briosa atrapalhou

Se o jogo já não tinha muita qualidade, o antijogo da Portuguesa Santista atrapalhou ainda mais. Desde o primeiro tempo a equipe, em especial o goleiro João Lucas, utilizavam cada chance para ganhar tempo. A situação piorou ainda mais após o gol, com os jogadores se atirando em campo para parar o jogo. O árbitro, no entanto, não puniu ninguém com o cartão amarelo.

Festa das torcidas

Se o jogo foi feio, o mesmo não se pode dizer das arquibancadas. Na noite fria de São Paulo, torcedores de ambas as equipes fizeram barulho durante todo o jogo. A torcida da casa cantou e empurrou o time e o mesmo foi feito pela pequena – mas barulhenta – torcida da Briosa.

Já no fim, após o gol e o apito final da partida, os torcedores da Portuguesa mudaram o tom e entoaram gritos de reprovação à equipe. “Timinho” e “time sem vergonha” foram alguns dos mais gritados na saída do Canindé.

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