A última vez que a seleção brasileira de basquete ficou ausente da competição no masculino e no feminino foi nos Jogos Olímpicos de 1976, no Canadá.
O basquete brasileiro pode ficar fora da Olimpíada no masculino e no feminino. A última vez que isso aconteceu foi há 44 anos, ou seja, nos Jogos Olímpicos de 1976, em Quebec, no Canadá.
No mês de fevereiro, o Brasil foi desclassificado no feminino, após perder para a Austrália no Pré-Olímpico. Com isso, para que o país esteja presente nessa modalidade será necessário que a equipe masculina se classifique para a Olimpíada.
Porém, a tarefa não será fácil para a equipe treinada pelo Aleksandar Petrovic. No Pré-Olímpico, o Brasil jogará em Split, na Croácia e está no grupo B. A seleção brasileira enfrentará a Tunísia na estreia e fará o segundo jogo contra o time croata. Caso fique entre os dois primeiros colocados do grupo, enfrentará os dois melhores da chave composta por Alemanha, Rússia e México. Apenas o campeão garantirá vaga para os Jogos Olímpicos.
Dessa forma, seis seleções jogarão por uma vaga na Olimpíada de Tóquio: Brasil, Tunísia, Croácia, Alemanha, Rússia e México. O Pré-Olímpico será disputado entre os dias 23 e 28 de junho.
Momento atual do basquete brasileiro
Atualmente, a Liga Nacional de Basquete (LNB) e a Liga de Basquete Feminino (LBF) organizam as competições masculina e feminina da modalidade, respectivamente. Inicialmente, ambas as entidades foram criadas com a intenção de formar uma liga independente da CBB (Confederação Brasileira Basquete) e organizada pelos clubes.
Desde 2008, a LNB organiza o NBB. Dois anos depois, foi implementada a LBF. Ambas as iniciativas buscaram promover o desenvolvimento da modalidade no país. Porém, há o risco de o Brasil ficar ausente das Olimpíadas após 44 anos. Helinho, técnico do Franca, acredita que o basquete brasileiro está passando por um momento difícil, mas está em desenvolvimento.
“ Acredito que o basquete brasileiro está em crescimento. Mas vejo que o Brasil esteja colhendo o reflexo dos desmandos que passaram nas últimas gestões antes desta atual na CBB. O país ficou muitas vezes sem participar de campeonatos na base e estamos passando por um momento delicado.”, disse Helinho.
Na sua análise, uma das causas para essa situação da modalidade no país é a falta de investimentos na base. Ele disse que as federações precisam dar mais atenção a isso e que é necessário ter uma política esportiva estabelecida.
“É fundamental que as federações deem mais importância para as categorias de base. Isso inclui a formatação dos campeonatos, o intercâmbio entre as equipes do Brasil inteiro e fomentar os clubes a competirem em um bom nível. A melhor coisa que poderia acontecer seria o país ter uma política esportiva estabelecida e determinada para da quantidade (de atletas), possamos tirar qualidade, como fazem os Estados Unidos”.
Regulamento do Pré-Olímpico
No Pré-Olímpico de basquete masculino, 24 seleções disputam as últimas 4 vagas para as Olimpíadas de 2020. O campeão de cada sede garantirá vaga para a competição internacional. Como só o vencedor da sede croata que disputará os Jogos Olímpicos, o basquete brasileiro pode ficar fora da Olimpíada deste ano.
Helinho prevê uma competição disputada e que o Brasil terá que se superar bastante, pois enfrentará já na primeira fase a Croácia, país-sede do grupo brasileiro.
“Pode existir diferença entre as seleções, mas ela é pequena. Vai ser um Pré-Olímpico difícil, na qual o Brasil terá que se superar, ter uma força mental muito grande, até porque vai jogar na Croácia. Esperamos que a seleção brasileira busque essa força e consiga a classificação”.
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