Colin Kaepernick ficou famoso nacionalmente por fazer sucessivos protestos contra a “violência policial e o racismo nos Estados Unidos”
Um dos nomes mais polêmicos na história do futebol americano atual vai lançar um livro sobre sua história. Colin Kaepernick se negava a ficar em pé durante a execução do hino nacional dos Estados Unidos antes de suas partidas na NFL. O ato levantou uma grande discussão sobre patriotismo e militância no país. Personalidades do mundo do esporte, da política e das artes se pronunciaram de maneira positiva e negativa.
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Quem pouco se pronunciava sobre a polêmica era o próprio Kaepernick. Embora deixasse claro sobre o motivo dos seus protestos, ele não costumava falar muito sobre eles. Isso, no entanto, deve acabar em breve. Em entrevista para o jornal USA Today, ele revelou que vai lançar um livro onde vai revelar os bastidores de toda essa questão. Além disso, ele disse na entrevista que pretende voltar ao campeonato.
“Meu desejo de jogar futebol ainda está aqui”, disse Kaepernick. “Eu ainda treino cinco dias por semana. Estou pronto para ir, estou pronto para um telefonema, teste, treino a qualquer momento. Ainda estou esperando que os proprietários e seus parceiros parem de fugir dessa situação. Portanto, estou esperando uma ligação nesse intervalo de temporada. Na verdade, eu estou ansioso por isso”, disse ele.
O caso
Kaepernick entrou no centro da polêmica no ano de 2016, nos Estados Unidos. Na ocasião, ele começou a fazer os seus primeiros protestos antes de cada jogo. No momento do hino do país, ele se sentava ou ajoelhava. De acordo com ele, os principais focos dos seus protestos eram a “desigualdade social e a brutalidade policial que assolam o país”. Nesta época ele jogava no San Francisco 49ers.
Seja como for, na temporada de 2017 ele acabou ficando sem time. Isso porque ele não conseguiu renovar seu vínculo com o time atual, nem ir para outra equipe. Críticos dizem que isso aconteceu justamente porque nenhum time aceitaria um jogador que protesta dessa maneira. Já outros analistas afirmam que sua exclusão se deve ao seu “mal desempenho nos jogos”.
O livro
O atleta deu detalhes sobre o lançamento da sua produção. Além disso, ele deu uma prévia sobre o conteúdo do livro. “Aprendi desde o início que, ao combater a opressão sistemática, a desumanização e a colonização, quem controla a narrativa molda a realidade de como o mundo vê a sociedade”, disse Kaepernick. “Ele controla quem é amado, quem é odiado, quem é degradado e quem é comemorado”, continuou.
“Eu tenho muitas perguntas sobre o que me levou ao ponto de protestar”, disse ele. “Por que eu fiz isso? Por que eu fiz naquele momento? Por que não foi no início da minha carreira? Muitas perguntas em torno do que me levaram a esse ponto. O que me levou a querer compartilhar essa história e fornecer informações. Acho que há muito interesse nisso”, completou.
Ainda não há previsão de uma data para o lançamento do livro.