Da estreia ao sonho: Brasil revive Olimpíadas e busca primeiro ouro no futebol feminino
Modalidade só foi incluída nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos
Modalidade só foi incluída nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos
O Brasil possui bastante tradição no futebol feminino, mas nunca sentiu o gostinho de subir ao lugar mais alto do pódio. É com o pensamento de conquistar uma inédita medalha de ouro que o país vai entrar em campo para as Olimpíadas de Tóquio, em 2020.
Acima disso, a seleção tenta sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos. Até porque a modalidade não é tão antiga assim, pois entrou para o calendário em 1996, Atlanta. A equipe formada por Meg, Marisa, Fanta, Suzy, Pretinha, Formiga, Roseli, entre outras, terminou em quarto. Perdeu por 2×0 para a Noruega na disputa pelo bronze.
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Já quatro anos depois, pelas Olimpíadas de Sidney, na Austrália, o Brasil repetiu a campanha. Terminou apenas na quarta colocação ao perder para a Alemanha. Após bater duas vezes na trave, o time acabou recompensado em Atenas, 2004, quando faturou a primeira medalha olímpica da história.
Na ocasião, elenco formado por Marta, Cristiane, e outras, ficou com a prata. Quatro das jogadoras (Pretinha, Formiga, Tânia Maranhão e Roseli) haviam participado da estreia da modalidade nos Jogos. Onze já haviam participado pelo menos uma vez. A jogadora Cristiane, estreante assim como Marta, venceu a Chuteira de Ouro com cinco gols.
Em 2008, o ouro esteve novamente próximo, porém ficou centímetros longe. A seleção acabou derrotada pelos Estados Unidos por 1×0 na final. Cristiane brilhou mais uma vez ao terminar como artilheira. O resultado decepcionante aconteceu nos Jogos de Londres, 2012, com eliminação nas quartas de final para o Japão.
Sem medalha nas Olimpíadas do Rio
Dentro de casa, o Brasil voltou a ficar entre os quatro melhores, porém sem medalha. Acabou derrotado por 2×1 pelo Canadá na disputa pela medalha de bronze. A artilheira foi Melanie Behringer, da campeã Alemã, com cinco gols. A brasileira Beatriz terminou na vice-artilharia com três gols, empatada junto da também alemã Sara Däbritz e das canadenses Christine Sinclair e Janine Beckie.
Passaporte para Tóquio
A busca pelo ouro vai continuar nas Olimpíadas do Japão. O Brasil foi o primeiro a conquistar vaga, quando se sagrou heptacampeão da Copa América, em 2018. Além da seleção e do país-sede, outras equipes também carimbaram o passaporte. São os casos de Reino Unido, Holanda, Suécia e Nova Zelândia. Faltam seis seleções a serem definidas entre janeiro e fevereiro. O sorteio das chaves acontece em abril.
O sistema de disputa envolve três grupos com quatro times cada nos Jogos. Os dois primeiros de cada chave, mais os dois melhores terceiros colocados no geral avançam às quartas de final. A partir daí acontecem duelos eliminatórias para definir os medalhistas. As competições começam em 22 de julho, dois dias antes da abertura oficial. A final está marcada para 7 de agosto.
Dados das Olimpíadas
A brasileira Cristiane é a maior artilheira dos Jogos Olímpicos com 14 gols. Ela é seguida pela canadense Christiane Sinclair com 11 e a alemã Birgit Prinz com 10. No Brasil, ainda há Marta com 10 e Pretinha com oito. Formiga é a jogadora brasileira (e mundial) com mais partidas nas Olimpíadas, com 29. Em segundo, Marta com 22 jogos. Tânia Maranhão ocupa a terceira colocação com 21 partidas.
Cristiane também é a única a fazer dois hat-tricks (contra Grécia em 2004 e a Nigéria em 2008) nos Jogos. Já Formiga participou das seis edições, enquanto Renata Costa é a mais jovem a conquistar uma medalha – 18 anos, em 2004.
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