Renata Saporito: Pré-temporada curta e calendário apertado atrapalham o desempenho dos clubes brasileiros
Calendário cheio e apertado também causa problemas para as equipes
Calendário cheio e apertado também causa problemas para as equipes
A pré-temporada por aqui é tão rápida que mal dá tempo de falarmos sobre ela como deveríamos. Afinal, sempre que desejamos fazer algo bem feito, devemos nos preparar, e pré-temporada é preparação.
Diante de um calendário tão extenso e corrido, a importância de uma boa pré-temporada pode fazer uma enorme diferença no desempenho do ano, seja individualmente para os atletas, seja coletivamente no desempenho do time.
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Muitas equipes abrem a temporada de técnico novo, de caras novas e o tempo para começar esse trabalho pode chegar a menos de 20 dias até o primeiro jogo oficial, sendo que a expectativa das novidades nas contratações já está na cabeça do torcedor. Assim, a boleirada corre contra o tempo, tanto para entrar em forma, como também para entender e aplicar o estilo de jogo do treinador, o que na maioria dos casos supera a pré-temporada e acaba sendo feito durante o início da primeira competição.
E na maioria dos casos, essa primeira competição é o campeonato estadual ou para dois ou três times é a chamada pré-Libertadores, o que torna a missão ainda mais difícil, pois diferentemente dos estaduais, essas equipes já iniciam a temporada pressionadas com a disputa de um mata-mata.
Logo na sequência, outras equipes (8 clubes brasileiros) iniciam a fase de grupos da competição sul americana. Neste ano, não podemos esquecer, temos no meio do caminho, as eliminatórias para a Copa do Mundo e a Copa América, e em seguida prosseguimos com o nosso Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Sul-americana, até chegarmos ao Mundial de clubes em dezembro. Parece confuso, mas na verdade são muitas competições e muito desgaste em vista.
Diante desse cenário, temos uma crise financeira instalada, clubes endividados, o que dificulta na contratação de peças de reposição necessárias, já que a caminhada é árdua.
Visto que grandes clubes iniciam o ano com praticamente o mesmo elenco e abrem um espaço importante para a garotada da base aparecer entre os profissionais, também por conta da falta de caixa, fica a esperança na continuidade de um trabalho, o que tem sido raro por aqui. Em contrapartida, o vasto e aglomerado calendário vai continuar atrapalhando até quando?