Atleta foi campeã do mundo de futebol feminino em 2019 sem abrir mão de tocar em assuntos sociais e políticos durante o torneio
Conhecida por não deixar de falar o que pensa, a jogadora norte-americana de futebol, Megan Rapinoe, criticou o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta sexta-feira (10). O motivo foi a ratificação de que a entidade proíbe atletas de fazer protestos políticos durante os Jogos Olímpicos. A proibição não é bem uma novidade. Isso porque a Carta Olímpica já proíbe que atletas se expressem dessa forma.
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Mas Megan Rapinoe foi rápida e criticou a ratificação da regra pelo COI em sua página no Instagram. De acordo com ela, os atletas não podem ser silenciados. “Se os atletas quiserem se ajoelhar, levantar a mão ou fazer qualquer outro gesto, devem continuar a fazê-los”, disse a jogadora. Ela disse ainda que muito precisa ser falado no esporte. Isso porque, ainda de acordo com ela, pouco foi feito na sociedade.
Na última sexta-feira (10), o presidente do COI, Thomas Bach, disse que apoia as novas regras do COI que endurecem penas para “atletas políticos”. “Eles (os atletas) não devem ser uma plataforma para promover fins políticos ou quaisquer outros fins divisivos”, argumentou Bach.
Rapinoe
Falar de Megan Rapinoe sem falar sobre atuação política no esporte é um erro. A atleta é conhecida por advocar por direitos de minorias. Em 2019, ficou no meio de uma polêmica com o atual presidente dos Estados Unidos. Ela tinha dito que, caso fosse campeã do mundo, não estaria na tradicional visita para a Casa Branca. Isso porque ela não concorda com as posições do presidente do país.
O presidente Donald Trump respondeu no twitter que a jogadora não poderia afirmar se ia ou não para a Casa Branca. Isso porque ela não tinha vencido nenhuma competição ainda. Seja como for, Rapinoe ajudou seu time a conquistar o título algumas semanas depois. Ela cumpriu a promessa e não visitou a Casa Branca. Donald Trump parabenizou o time pelas redes sociais.
Rapinoe deverá estar no time do Estados Unidos que vai participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio deste ano. A jogadora vai tentar apagar a má impressão olímpica da Seleção. É que em 2016, o time dos Estados Unidos fez sua pior campanha na história das Olimpíadas. O time foi eliminado ainda nas quartas de final do torneio. Seja como for, já se sabe que a equipe chega como uma das favoritas ao ouro na competição.