Javier Tebas criticou duramente a realização do novo Mundial de Clubes e disse que torneio terá impacto negativo nos diferentes países
O novo Mundial de Clubes não será uma boa competição para as Ligas nacionais. Pelo menos esta é a opinião do presidente da La Liga, uma das principais competições de futebol do mundo. Javier Tebas deu essa declaração em Londres, enquanto lançava o canal TV oficial da La Liga no Reino Unido. Tebas acabou de ser reeleito para mais um mandato de quatro anos sob o comando da entidade.
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Tebas começou criticando duramente aquilo que ele definiu como “proliferação de competições de futebol”. Ainda de acordo com ele, a mais problemática delas seria o novo Mundial de Clubes da FIFA, que será realizado na China, a partir de 2021.
“Sou muito crítico da Copa do Mundo de Clubes”, diz Tebas. “Uma organização como a Fifa deveria ser um órgão regulador. Eles elaboram os diferentes calendários e quando precisamos jogar. Infelizmente, desde a organização das Copas do Mundo, eles agora estão falando sobre as Copas do Mundo de Clubes e a cada dois anos. Essa não é uma opção, porque isso mudaria o status quo. Isso não pode acontecer”, disse Tebas.
“A Fifa estava falando sobre quanto seria pago se fossem para a China. Eles estão falando sobre redistribuição de receita. Mas não discutiram o impacto que isso teria em diferentes países. Vamos imaginar as duas equipes da Argentina (que possivelmente podem estar no Mundial). Isso teria um impacto negativo na Super Liga Argentina. Eles não analisaram as consequências desses torneios”, argumentou.
Críticas
Mas o presidente da La Liga não falou apenas da realização dos possíveis problemas do Mundial de Clubes. Ele também criticou duramente os clubes ricos da Europa. Mas ele fez questão de falar que não estava se referindo aos clubes como Barcelona e Real Madrid. Mas aos clubes ao qual se referiu como “novos ricos”. De acordo com ele, clubes como PSG e Manchester City “são um perigo para o futebol, ou seja, brinquedos estatais que distorcem o equilíbrio do futebol europeu”, disse ele.
“Organizações e instituições têm a responsabilidade de redistribuir a riqueza que geramos. Todos nós, a liga espanhola, a Premier League, Uefa, Fifa. Eu não acho que estamos ajudando o futebol de alguma forma, se gerarmos riqueza e ela voltará diretamente aos grandes clubes. No final, em vez de ter 12 Ferraris, eles têm 15. Estamos lidando com grandes clubes gerando uma quantia enorme de dinheiro. Portanto, nosso objetivo é redistribuir essa riqueza”, disse ele.