Home Futebol Pioneira do futebol feminino culpa cabeçadas em jogos por sofrer demência

Pioneira do futebol feminino culpa cabeçadas em jogos por sofrer demência

Raffa Carolina
Colaboradora do Torcedores.com.

Sue Lopez foi a primeira britânica a praticar o esporte semi-profissionalmente fora do país

Sue Lopez, 74 anos foi a primeira britânica a jogar semi-profissionalmente fora do país no futebol feminino. Ela ainda jogou pela Inglaterra 22 vezes durante 30 anos. Ela atribuiu uma demência às cabeçadas que deu em jogos, por isso quer alertar aos mais jovens.

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“Acho que minha demência foi causada por cabeçadas no esporte. Estou sempre esperançosa que as pessoas vão ficar mais cuidadosas, não deixando que jovens crianças cabeceiem a bola”, afirmou a mulher em entrevista à BBC.

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A Football Association disse que não tem evidências para mudar as regras do futebol feminino e também masculino. Lopez, que passou grande parte da sua carreira jogando pelo Southampton e uma temporada na Roma, disse que se sentiu “doente” quando foi diagnosticada em 2018.

O apelo de Lopez foi depois de um estudo em 2019 que encontrou profissionais que tem de três a quatro vezes mais chances de morrer com demência que a população geral. O estudo começou depois da família do jogador Jeff Astle fazer uma campanha para as autoridades que regem o esporte a pesquisarem sobre o assunto.

Astle morreu em 2002, aos 59 anos, após um câncer cerebral. Mesmo após o falecimento do jogador, foram iniciados estudos para comprovar até que ponto jogadas de cabeça podem afetar atividades cerebrais. Eles se tornaram um documentário da própria BBC, lançado em 2017.

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Mudança no futebol feminino e masculino

O Bournemouth foi o único entre os 20 clubes da Premier League a realizar medida para melhoria. Ficou determinado que os jogadores abaixo de 12 anos não poderiam realizar jogadas de cabeça. O especialista Joe Roach disse que as mudanças podem ser feitas após os estudos.

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“Nós estamos vendo o que certos jogadores passaram após o estudo. Porque não poderíamos fazer isto?”, afirmou o pesquisador.

A liga escocesa também está tomando algumas medidas e espera anunciar a proibição dos jogadores menores de 12 anos a terem treinos com jogadas de cabeça

O grupo Pink Concussions tem declarado o problema deve ser bem mais significante para as jogadoras de futebol feminino. A fundadora, Katherine Price Snedaker disse que as mais experientes têm concussões diferentes dos homens e levam mais tempo para se manifestar.

“As mulheres tem mais chances disto ocorrer”, ela disse. “Mulheres tem mais chances de terem concussões e, além disso em graus mais altos e sentem mais dores”.

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Um dos responsáveis da parte de comunicação da FA, declarou sobre possíveis conclusões. “O estudo não determina se a causa pode levar a concussões que são sofridas pelos jogadores”.

A Football Association disse que está guiando os times a aconselharem a melhor prática para os treinamentos de cabeça. E acrescentou: “Mais pesquisas são necessárias para saber se mais jogadores foram afetados. Não há evidências suficientes para se fazer mudanças do jeito que o futebol é jogado”.

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