Parreira minimiza sucesso de técnicos estrangeiros no Brasil: “Nos últimos 10 anos vieram uns 14 e foram fracassos retumbantes”
Para Carlos Alberto Parreira, campeão da Copa do Mundo de 1994 sob o comando da seleção brasileira, o Brasil não precisa de técnico estrangeiro para voltar a ser campeão do mundo
Para Carlos Alberto Parreira, campeão da Copa do Mundo de 1994 sob o comando da seleção brasileira, o Brasil não precisa de técnico estrangeiro para voltar a ser campeão do mundo
O sucesso de Jorge Jesus no Flamengo e Jorge Sampaoli no Santos em 2019 acabou provocando uma espécie de supervalorização dos técnicos estrangeiros no Brasil. Para 2020, o Internacional contratou o argentino Eduardo Coudet, o Atlético-MG terá o venezuelano Dudamel e o Santos o português Jesualdo Ferreira. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, Carlos Alberto Parreira, ex-técnico da seleção brasileira, minimizou o sucesso dos estrangeiros no país.
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“Ficou muito pontual pelo sucesso do Jorge Jesus e do Sampaoli. Ficou tudo em cima deles. Mas fica muito rotulado tudo em cima desses dois. Sem nenhuma crítica, nos últimos dez anos vieram uns 14 técnicos estrangeiros para cá e foram fracassos retumbantes. Agora vieram bons treinadores, com boas equipes e o trabalho apareceu. O (Juan Carlos) Osório, o (Ricardo) Gareca, o (Diego) Aguirre, entre outros técnicos estrangeiros bons, vieram e não deram certo. Não é questão somente de competência. É questão de chegar e se ajustar”, avaliou Parreira.
Além dos nomes citados por Parreira, também tiveram a oportunidade de trabalhar no Brasil nomes como Reinaldo Rueda (Flamengo), Edgardo ‘Patón’ Bauza (São Paulo), Paulo Bento (Cruzeiro), Fossati (Internacional), Angel Portugal e Carrasco (Athletico Paranaense).
Parreira ainda avaliou o trabalho de Jorge Jesus, campeão do Brasileirão e da Libertadores, no Flamengo. “O Jesus é competente, pegou time estruturado e fez prevalecer a filosofia dele. Tem todo o mérito, mas também contou com uma série de outros fatores. Ele soube passar o que queria, os jogadores compraram a ideia e o Flamengo foi o grande time da América do Sul.”
Campeão Mundial com a seleção brasileira em 1994, nos Estados Unidos, Carlos Alberto Parreira ainda descartou o sentimento de inveja dos técnicos brasileiros com a chegada dos estrangeiros no país. “Os estrangeiros são bem-vindos. Ninguém está contra. Tenho conversado com vários técnicos. Ninguém trata com inveja, não vejo ressentimento.”
“O intercâmbio é salutar. Que venham mais, que venham alemães, ingleses, a troca é sempre boa. O Felipão, Mano, Cuca são grandes técnicos. Mas a cobrança é grande, ninguém tem paciência, exige-se resultados imediatos. O Odair Hellmann começou uma carreira promissora. O Fernando Diniz está tentando se firmar, ele tem ideias boas. Tem gente muito promissora chegando, não existe caos”, completou.
Apesar disso, Parreira admitiu que não vê com bons olhos que um técnico estrangeiro assuma o comando da seleção brasileira. “Este é um tema que nunca encarei de frente. Ainda prefiro dar preferência para os brasileiros. A gente tem muito técnico competente aqui. O Tite está fazendo um bom trabalho. Não precisa de técnico estrangeiro para ser campeão do mundo. Fomos cinco vezes campeão do mundo com técnico brasileiro.”
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