Náutico: Luanderson agradece oportunidade e se emociona ao relembrar momento delicado na carreira
Volante do Timbu chega para brigar por uma posição no seu setor com Rhaldney e o experiente Josa
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Com uma história de vida exemplar para contar, o volante Luanderson foi apresentado na última terça-feira (14), como reforço do Náutico. Natural do Pernambuco, o jogador de 30 anos terá com a camisa do alvirrubro o seu primeiro desafio em seu estado, e chega com boas credenciais após uma boa temporada feita com o Avaí em 2019.
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Criado nas categorias de base do Vitória, o jogador se emocionou diversas vezes no bate-papo com a imprensa no CT Wilson Campos, relembrando as dificuldades superadas, entre elas o fato de que quase abandona a carreira após passar dois anos desempregado.
“O ano de 2019 foi muito especial para mim. Quero agradecer a diretoria do Náutico e a comissão técnica pela confiança que está me dando em poder vir para jogar no meu estado e defender essa nação que é o Timbu. Sempre acompanhei, sempre gostei do Náutico desde criança, quando comecei a jogar futebol. Fico feliz e emocionado de jogar no meu estado e em um time de massa. Há três anos eu pensava que não ia jogar, mas tive uma oportunidade no Marcílio Dias-SC, quando mudou a minha vida e a vida da minha família. Eu só tenho a agradecer pela oportunidade e podem ter certeza que cada bola para mim vai ser como um prato de comida porque eu sei que minha vida depende disso”, contou.
Aos nove anos de idade, Luanderson deixou o Pernambuco para lutar pelo seu sonho de ser jogador de futebol. No Vitória, o volante deu os primeiros passos como profissional, mas também passou por um momento complicado na carreira.
“Eu comecei aos nove anos no Vitória e aos 18 tive a oportunidade de subir para o time profissional e ter sequência. Naquela época, eu não tinha pessoas boas ao meu lado. Quando você está na fase boa, tem vários amigos, o tempo foi passando e eu percebi que não tinha tantos amigos e que para eu chegar onde eu queria, precisava mudar para melhor. Foi aí que eu conheci uma pessoa muito especial que é a minha esposa, onde eu tive que crescer na vida. Logo depois, veio um filho para mim e eu tinha que focar para ter as minhas coisas e dar tudo de bom para eles. Tudo o que eu não tive. Depois de nove anos, veio a minha outra filha, que tem dois anos, e agora foi que mudou tudo de vez. Eu tive uma recaída na minha carreira e ela veio para me levantar e me ajudar a retomar a minha jornada. Eu só agradeço a ela por ter aparecido na minha vida”, afirmou, emocionado.
Luanderson ainda relembrou o período em que ficou dois anos desempregado, e que viu as “portas se fecharem”, até mesmo em equipes do estado.
“No futebol, às vezes temos as oportunidades e não aproveitamos. Eu tive e não soube a aproveitar. Minha vida eu comecei em um clube grande (Vitória) e não soube aproveitar as chances que eu tive. Depois eu fiquei desempregado mais de dois anos, sem ter a oportunidade. Eu até fui pedir emprego a clubes do estado, mas fui negado. Tive a oportunidade de ir no Salgueiro pedir emprego e fui negado. No futebol, aprendemos muitas coisas e eu levei isso como um exemplo. Isso me fez colocar na cabeça e focar que para estar em um time grande eu tinha que ser um atleta, não um jogador. Vivi 12 anos no futebol e não era feliz. E agora eu estou sendo feliz. Eu cheguei onde eu queria e só tenho a crescer mais ainda.”