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Mauro Beting: Invenção de Luxemburgo faz Palmeiras jogar melhor e mais bonito

Colunista do Torcedores analisa a estreia do Verdão no Campeonato Paulista

Por Mauro Beting em 23/01/2020 10:22 - Atualizado há 3 anos

Divulgação / Cesar Greco / Palmeiras

Colunista do Torcedores analisa a estreia do Verdão no Campeonato Paulista

Foi num chute de fora da área de Rincón, no velho Palestra, que o Palmeiras ganhou do Ituano e deu a primeira das três voltas olímpicas pela conquista do SP-94. O título mesmo viria no 1 a 0 seguinte em Santo André. O Derby seguinte vencido por 2 a 1 com golaço de Edilson foi a última celebrando o bicampeonato paulista.

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Depois de 16 anos de fila, Luxemburgo ajudou o Palmeiras a enfileirar cinco títulos em apenas 18 meses.

Agora já são 11 anos sem paulistas. O que seria o inferno não fossem os 16 anos. Não fossem dois Brasileiros e duas Copas do Brasil desde 2008. Não fosse o estadual algo menor.

Mas jamais Paulistinha.

Sempre Paulistão. Sempre Palmeiras.

Para o Ademir da Guia e para o Darinta.

Para começo de conversa, foi muito bem o Palmeiras em Itu na segunda etapa contra o Ituano que foi campeão paulista há menos tempo (2014).

Não é o futebol ideal e nem parece a melhor equipe sem Bruno Henrique mais atrás no meio, com Lucas Lima tentando armar, Veiga aberto a partir da esquerda (mas de novo pouco produzindo no primeiro tempo arrastado).

Na segunda etapa, Luxemburgo fez o óbvio: apostou em Gabriel Veron na dele no lugar do entortado Veiga. O promissor garoto não melhorou muito o lado esquerdo, e foi fominha demais aos 6 minutos, quando tinha duas melhores opções para passar a bola.

Mas já estava 1 a 0 aos 4, depois de pancada de Marcos Rocha em lance muito bem iniciado por Luiz Adriano, em sua única boa participação. Willian o substituiria aos 16, 3 minutos depois do belo gol do redivivo Lucas Lima, mais atento e querendo mais jogo.

Tudo que o Ituano bateu antes e marcou foi definhando. Nem os generosos espaços à frente da área da marcação mais frouxa de Ramires (ainda fora de ritmo) foram aproveitados.

O toque de classe de um time que botou mais a bola no chão, se aproximou mais e jogou bonito depois foi mais uma invenção interessante de Luxa: Zé Rafael como segundo volante no 4-2-3-1 do treinador. Assim ele apareceu para fazer belo gol de calcanhar, aos 28, e roubando a bola no meio e depois servindo Willian para marcar o quarto, aos 32.

Segundo tempo muito melhor do que a encomenda para um Luxemburgo com fome. Ótimo começo para novas ideias. Ou nem tão novas assim.

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