Palmeiras vai subir muita gente. E vai subir de nível.
No Palmeiras, a princípio, todo Ademir da Guia é um Darinta. No maior rival, qualquer Kazim é um Rivellino – que não foi aproveitado na base alviverde… Também por isso o sucesso corintiano na Copinha. Há mais paciência com quem vem da base alvinegra. No Palmeiras, ouro da casa meio que vira chumbo. Fardo pesado demais para superar e suportar.
No panteão palestrino poucos os que vieram do berço e fizeram história. A não ser monstros como Marcos (que veio da Lençoense e jogou antes pelos juniores corintianos), Fiúme (chegou da várzea do Glicério), Oberdan (Sorocaba) e Junqueira (outro que começou no futebol varzeano). Quatro dos seis bustos nas alamedas do clube são desses que começaram cedo. Também porque até este século só os que passaram a carreira inteira no Palmeiras ganhavam a honraria, por obra e manobra do estatuto. P
Os tempos são mesmo outros. Desde 2015 o Palmeiras se estruturou para ser o grande clube de base no Brasil. Investimento que se paga. E que enfim dará chance e deve dar gosto ao time principal com bastante gente disponível.
Garotos que sobem não apenas por subir e não apenas porque o crédito está limitado nos cofres. Também porque merecem como Gabriel Verón. Parecem quase no ponto como Alanzinho. Têm muito potencial como Patrick de Paula. Podem ser bem usados como Gabriel Menino, Lucas Esteves e Pedrão.
Alan só precisa ganhar corpo e altura. Mas dribla como poucos e tem visão rara. Verón é tudo isso que já se viu. E vai ser mais do que isso. Patrick de Paula pensa jogo, sabe armar e driblar, canhoto de faltas precisas. E é volante. Como Menino, ainda honrado o nome, mas também com boa dinâmica, é ótimo para trabalhar com os dois pés.
Pedrão tem nome e panca de zagueiro. Lucas Esteves é o típico lateral-esquerdo ofensivo brasileiro. Precisa melhorar na marcação. Mas apoia muito bem.
Gabriel Silva é atacante ou meia-atacante muito jovem mas com faro de gol e inteligência para se mover. Mas precisa ganhar corpo, cancha e aprimorar fundamentos como o cabeceio.
Como todos os meninos precisam evoluir e amadurecer. Como todo o Palmeiras e o palmeirense no processo de rejuvenescimento necessário do elenco.