Time comandado por Jürgen Klopp atingiu a marca de um ano sem derrotas na Premier League; Reds lideram o “Inglesão” com treze pontos de vantagem para o segundo colocado (o Leicester) e uma partida a menos
É preciso dizer que ver o Liverpool de Jürgen Klopp em campo é absolutamente prazeroso. O time toca a bola como poucos e dá verdadeiras aulas de como se deve armar um contra-ataque. A vitória protocolar sobre o bem armado Sheffield United (oitavo colocado na Premier League) foi mais uma demonstração do que essa equipe pode fazer dentro das quatro linhas. Velocidade nas transições, trocas de posições a todo momento (incluindo até nas laterais) e muita inteligência para entender o momento certo de se atacar o espaço, fazer o passe em profundidade ou tentar a conclusão a gol. Além disso, a vitória por 2 a 0 (com gols de Salah e Mané) fez com que o Liverpool abrisse treze pontos na liderança da Premier League e atingisse a marca de um ano sem derrotas na competição. Sem qualquer sombra de dúvidas, as marcas atingidas pelos Reds nesses últimos meses são mágicas e mostram bem a força do escrete comandado por Jürgen Klopp.
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Quem via a escalação das duas equipes antes da bola rolar no Anfield Road percebeu duas coisas. A primeira é que Jürgen Klopp quer e muito o título da Premier League. Tanto que mandou o Liverpool a campo com o tinha de melhor à sua disposição e escalado naquele velho 4-3-3 que eu e você conhecemos bem. E a segunda era a postura mais cautelosa do Sheffield United (armado com uma linha de cinco na defesa pelo técnico Chris Wilder), clube recém-promovido à divisão principal da Inglaterra e que ocupa uma honrosa oitava posição na tabela. No entanto, a estratégia dos Blades caiu por terra logo aos três minutos de partida, quando o lateral Badock escorregou em contra-ataque do Liverpool e viu Robertson deixar Salah na cara do gol para abrir o placar. Daí para o final da primeira etapa, o Liverpool controlou o jogo sem abrir mão do seu estilo agressivo de ataque e de marcação na saída de bola do adversário. Tanto que o goleiro Henderson fez duas grandes defesas em chutes de Salah antes do intervalo. O domínio dos Reds era completo.
O Sheffield United entrou em campo armado no 5-3-2 pelo técnico Chris Wilder, mas viu sua estratégia cair por terra com o escorregão de Badock no lance do gol de Salah. O Liverpool controlou o jogo com a movimentação e a intensidade bem conhecida do seu torcedor.
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O segundo tempo foi uma repetição do primeiro. O Liverpool mantinha a posse da bola, controlava quase todas as ações no meio-campo e não dava chance ao Sheffield United. Tanto que marcou o segundo gol logo aos 18 minutos de partida na segunda etapa em jogada iniciada por Alisson no campo de defesa e concluída por Mané após bela assistência de Salah. Do outro lado, o técnico Chris Wilder se via num dilema: mandava sua equipe para o ataque e se arriscava a levar uma sacola do Liverpool ou mantinha a sua linha de cinco na defesa para não sofrer mais gols? O comandante do Sheffield United preferiu a segunda opção apesar das mexidas que fez no ataque e no meio-campo. Os Blades só equilibraram (um pouco) o jogo quando o Liverpool baixou a guarda e a velocidade já nos minutos finais da partida (quando Mané Robertson já tinham dado lugar a Origi e Lallana). Mesmo assim, quando a bola passava por Joe Gomez e Van Dijk (os dois impecáveis), o goleiro Alisson mostrava a segurança de sempre. Está cada vez mais difícil vencer o Liverpool.
O Liverpool manteve seu estilo nos 45 minutos finais e chegou ao segundo gol em bela jogada de Mané e Salah iniciada por Alisson. Já o Sheffield United manteve a estratégia mais pragmática e só conseguiu levar certo perigo quando os Reds baixaram a guarda no final da partida em Anfield Road.
O Liverpool chegou a 58 pontos em 60 disputados na Premier League 2019/20 e abriu treze de vantagem sobre o Leiscester (segundo colocado na tabela) com um jogo a menos. São 37 partidas sem saber o que é uma derrota no “Inglesão” (quase um ano inteiro) e aumentou ainda mais a invencibilidade dentro do Anfield Road: 51 partidas sem saber o que é perder dentro dos seus domínios. E se a trinca de ataque formada por Mané, Salah e Firmino destrói os adversários, a defesa do Liverpool também merece destaque e aplausos. A vitória sobre o Sheffield United foi a quinta partida consecutiva sem que os Reds sofressem gols. O último gol marcado sobre a equipe de Jürgen Klopp aconteceu no dia 4 de dezembro, na goleada por 5 a 2 sobre o rival Everton. E isso tudo sem contar a classificação para as oitavas de final da Liga dos Campeões da UEFA e a vitória sobre o Flamengo na decisão do Mundial de Clubes da FIFA. É uma equipe que demonstra uma vontade incrível de vencer seus desafios. Bem ao modo que Klopp tanto gosta.
A grande obsessão dos Reds (e principalmente de Jürgen Klopp) está na conquista da Premier League (título que não vem desde a temporada 1989/90) e na manutenção da hegemonia continental. Futebol para isso o Liverpool tem. E de sobra. Quem é que segura esses caras, minha gente?
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