Julgamento de ex-presidente de federação de atletismo começa em Paris
Lamine Diack já está em prisão domiciliar desde 2015. Ele é acusado de acobertar os escândalos de doping de países como a Rússia
Reprodução: YouTube/ World Athletics
Lamine Diack já está em prisão domiciliar desde 2015. Ele é acusado de acobertar os escândalos de doping de países como a Rússia
Esta segunda-feira (13) é um marco importante na história do doping mundial. Isso porque é o dia em que se inicia o julgamento do senegalês Lamine Diack. Ele foi presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) por vários anos. Entre outras coisas, ele é acusado de ter acobertado os escândalos de doping da Rússia. Diack cumpre prisão domiciliar desde 2015 em Paris. É a mesma cidade onde será realizado o julgamento.
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Diack, que tem 86 anos, enfrenta acusações de corrupção e lavagem de dinheiro no caso dos escândalos de doping da Rússia. Durante quatro anos, ele foi investigado por autoridades francesas por causa dessa acusação. Entre outras coisas, o ex-presidente teria aceito um pagamento de cerca de três milhões de euros para encobrir supostas trapaças de atletas e treinadores russos.
Mas ele não será julgado sozinho. Outros seis nomes serão julgados pela corte francesa. Todos portanto começam a ser julgados a partir desta segunda-feira (13). O grupo com os acusados inclui também o filho de Diack, Papa Massata. Todos os acusados vão começar o julgamento negando veementemente todas as acusações.
O julgamento
O julgamento de Diack tem data para começar. Mas ninguém sabe ao certo quando vai terminar. Isso porque é comum que julgamentos como esse se entendam um pouco mais. Mas analistas acreditam em uma conclusão em cerca de duas semanas a partir do dia de início do julgamento. Caso seja considerado culpado, ele poderá pegar até 10 anos de prisão. Portanto, este é de fato um julgamento muito aguardado.
Quase todo o julgamento vai se concentrar na atleta russa Liliya Shobukhova. Ela foi campeã da maratona de Londres, em 2010. Seu marido diz ter pago cerca de 450 mil euros ao treinador russo Alexei Melnikov para acobertar violações de doping da atleta. O filho de Diack, Papa Massata, diz que tudo não passa da “maior mentira da história do esporte”.
