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Segundo os jogadores, treinos e jogos estão acontecendo normalmente e não se fala em guerra
Conflitos entre Estados Unidos e Irã pode envolver mais países. Segundo informações da TV estatal iraniana, o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã afirmou na última quinta-feira (9) que o bombardeio contra as bases americanas no Iraque dá início a uma série de ataques contra os Estados Unidos no Oriente Médio.
Como sabemos, o mercado do futebol brasileiro é muito amplo, países do Oriente Médio recebem diversos jogadores de nosso país. Conversamos com alguns atletas que não só atuam, mas estão lá neste momento. Eles falaram sobre como está os ares por lá.
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Omã
Há sete anos no Oriente médio, Vinicus Calamari jogou por clubes dos Emirados Árabes e Libano. Atualmente, no futebol de Omã, Vinicios falou que em relação a tensão, o país está tranquilo. “Aqui não se fala em guerra. O rei é amigo de todos. Às vezes passa alguma coisa na TV, mas aqui está tudo normal, o país está bem tranquilo”, afirmou.
O jogador que atua pelo Muscat Club revelou que os eventos esportivos no país estão acontecendo normalmente: “Os jogos, os esportes tudo normal a possibilidade de guerra em outros países não afeta o país de Omã, graças a Deus”, agradeceu.
Vinicius finalizou dizendo como é o clima entre seus companheiros de clube: “Eu não vejo os meus companheiros no treino falando de guerra eles estão sempre brincando rindo e falando de outros assuntos”.
Emirados Árabes
Diego Jardel há seis meses no Al-Dhafra, clube dos Emirados Árabes conversou com o Torcedores.com sobre o assunto: “Eu não senti nenhuma diferença. Não vejo ninguém tocar nesse assunto. Por aqui não teve nehuma paralisação, nenhum anúncio.”,disse e completou: “Não vejo na rua ou no clube ninguém comentar ou com algum tipo de medo ou receio de guerra. Vejo a população bem tranquila”, finalizou. No clube arabe desde ano passado, Diego teve passagens por Botafogo do Rio de Janeiro e pelo Avaí.
Bahrain
Esdras Silva que atuava pelo Al-Hala Muharra, do Bahrain chegou ao Brasil no último dia 10. Em entrevista, o jogador falou sobre apreensão de seus companheiros brasileiros com a possibilidade de uma guerra.
“Entre nós brasileiros, comentávamos a possibilidade de guerra ou ataque à base militar do EUA no Bahrain. O que iríamos fazer? Porém, quase tudo especulação. Creio que não está passando na cabeça de nenhum árabe lá do Bahrain que possa ter guerra”.
Segundo ele os atletas árabes não comentavam muito sobre o assunto: “Comentávamos só entre a gente, os brasileiros, os árabes do Bahrain falavam pouco sobre isso”.
O jogador também informou detalhes de seu voo para o Brasil: “Eu vim em um voo da KLM (Koninklijke Luchtvaart Maatschappij) para o Brasil, eles estavam procurando não passar por cima do Iraque, mas acredito que isso seja mais por precaução.”, disse.
Segundo ele a rotina de treino dos jogadores não mudou. “Os treinos estavam rolando normalmente, nenhuma precaução a mais estava sendo tomada”, afirmou o jogador. No Bahrain, Esdras teve passagens pelo Al Najma club e Al Hala. Já no Brasil, atuou por Vitória, ABC, Cuiabá e Oeste.
Conflito Estados Unidos e Irã
Recentemente, as tensões entre Estados Unidos e Irã ganharam força. No dia 02 de janeiro o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani em Bagdá, no Iraque. Em seu país, Soleimani era considerado um herói nacional e foi enterrado como mártir.
Houve retaliação por parte do Irã no dia 07 de janeiro, lançando mísseis balísticos contra bases aéreas americanas no Iraque, segundo informou o Departamento de Defesa dos EUA. Até agora não há relatos de mortos ou feridos.
Após o ataque às bases norte-americanas, a Guarda Revolucionária do Irã ameaçou fazer novos ataques caso os Estados Unidos respondessem de maneira bélica. De acordo com a rede de TV CNN, os iranianos ameaçam atacar dentro dos Estados Unidos, além das cidades de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Haifa, em Israel.
Temendo justamente um conflito maior no Oriente Médio, o Papa Francisco pediu para que Estados Unidos e Irã evitem uma escalada e pratiquem “diálogo e autocontrole”.
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