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Garone analisa: ‘Time sub-20 é o Vasco que funciona’

Andre Schmidt
Colaborador do Torcedores.com.

Boa campanha na Copinha, mais uma vez, é a esperança do torcedor para dias melhores no futuro

É muito difícil para um clube em dificuldade financeira produzir talentos na velocidade com que precisa vendê-los. No Vasco, esse é um desafio constante.

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Aos 16 anos Philippe Coutinho já estava negociado com a Inter de Milão. Aos 17, Paulinho assinava com o Bayer Leverkusen. Um ano mais velho, Douglas Luiz já carregava o peso de ser a solução do clube em campo e fora dele – foi vendido ao Manchester City por R$ 44 milhões. Isso pra citar apenas os mais jovens.

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A verdade é que desde Jaguaré e Fausto, o Maravilha Negra – cria do Bangu -, no início dos anos 30, que os europeus buscam jovens no plantel vascaíno. Ali foi o pontapé inicial.

Pra 2020, ao que tudo indica, Marrony e Talles Magno batem par ou ímpar para ver quem será o responsável por salvar os cofres cruz-maltinos na temporada. É inevitável. Mais que isso: um mau necessário.

A esperança vascaína se escora na capacidade quase inesgotável de sua linha de produção. Pra cada Alex Teixeira saindo, um Coutinho surgindo. Pra cada Paulinho, um Talles Magno. É bonito, é romântico, mas em algum momento essas gerações precisam começar a se encontrar em campo. A dar retorno técnico por períodos maiores, não apenas financeiros. Ou ao menos passarem a sair por opção e não por necessidade.

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A produção, no entanto, continua. Se fosse para definir o atual sub-20 do Vasco em uma palavra, seria “sobrevivente”.

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O elenco finalista da última Copinha foi mutilado pelos profissionais. Talles Magno, Bruno Gomes e Gabriel Pec já são fundamentais no elenco de cima, mesmo com idade ainda para jogarem a competição. Talles é talento puro, enquanto que Bruno e Pec são quase que os únicos em suas funções no elenco – 1º volante e meia de criação.

No gol, Alexander e Lucão não deixaram um substituto à altura. Menos ainda um reserva. Talvez seja o ponto mais frágil da atual equipe comandada por Alexandre Grasseli. Na zaga, Miranda ainda não encontrou o seu parceiro ideal desde a subida de Ulisses.

Ainda assim, apesar de tudo, há esperança ali. Há talento.

O fato de florescerem mesmo sendo arrancados rapidamente da terra, às vezes sem aviso prévio, é exatamente o que mais impressiona. Nem precisa regar muito. Fruto do bom trabalho de Carlos Brazil à frente do departamento de base do clube e dos demais profissionais do setor.

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É o Vasco que dá certo.

Eleito um dos craques da última Copa São Paulo, Lucas Santos viu seu espaço ocupado pelo ótimo Vinícius, um atacante de pernas inquietas e muita habilidade. Características distintas – um mais rápido, outro de maior qualidade no passe -, mas de igual potencial de evolução. Dois baixinhos talentosos e capazes de definir em um lance.

Nas laterais, Nathan e Riquelme elevaram o nível em relação à Cayo Tenório e Coutinho, titulares em 2019. Menos força física, mais controle de jogo. A dupla é a calmaria pelos lados em meio à fumaça que seus pontas fazem – além de Vinícius, o também habilidoso João Pedro. São o desafogo na ausência de Gomes.

Quem ocupa a vaga de Bruno é o bom Weverton, contratado junto ao Manthiqueira após a última Copa São Paulo. Difícil manter o nível de seu antecessor, mas o camisa 5 tem mostrado algumas virtudes, principalmente na bola longa. Uma necessidade até pela dificuldade encontrada no péssimo gramado de Itapira.

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O campo, aliás, talvez tenha sido o grande adversário vascaíno até o momento. Esse Vasco tem por DNA a troca rápida de passes em progressão, tabelas curtas e infiltrações por dentro – inclusive com os laterais. Sem a bola rolar, a vida fica mais difícil para Juninho e Caio Lopes, responsáveis pela criação no meio.

Até por isso hoje esse sub-20 joga – em condições normais – sem uma referência de área, como era Tiago Reis no ano passado. Figueiredo foi o primeiro a assumir a função, ainda em 2019. Laranjeira, meia de origem, começou a Copinha como esse ‘falso 9’, que na verdade é um 10 na hora de construir. Agora, MT, outro captado na base e que iniciou como volante – chegou do Volta Redonda -, é quem faz a função.

Quando o gramado não ajuda, entra Luan, o clássico centroavante do elenco. Contra o Goiás, nessa quinta, mais uma vez ele decidiu. Assim como Arthur, que fez o 4º gol no 4 a 2. Mas também poderia ter sido Roger, que foi titular na ausência de João Pedro e quase marcou um golado segundos antes de deixar o campo.

A verdade é que esse sub-20 é o Vasco que funciona.

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Há uma ideia de jogo bem definida – desde os tempos de Marcos Valadares -, mas com opções de mudança. Tem jogo coletivo, porém, sem abrir mão do talento individual. Valoriza os garotos que chegam do sub-17 sem abrir mão da captação de promessas que surgem – mais de 20 jogadores dessa Copinha já foram consultados pelo clube, que conta com 12 profissionais de análise.

Esse sub-20 talvez seja inferior ao de 2019, com mais lacunas em razão das peças que perdeu, mas ainda é o Vasco impositivo que o torcedor gostaria de ver nos profissionais. E pode ser que alguns deles apareçam em breve por lá. É a esperança da torcida.

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