FPF emite nota de repúdio contra gritos homofóbicos em jogo da Copa São Paulo
Ofensas foram para o goleiro Túlio, do Sport, que empatou sem gol com o Audax e avançou para a segunda fase do torneio sub-20
Ofensas foram para o goleiro Túlio, do Sport, que empatou sem gol com o Audax e avançou para a segunda fase do torneio sub-20
Na última quinta-feira (9), o goleiro Túlio, do Sport, acabou sendo vítima de gritos homofóbicos em partida contra o Audax-SP, pela Copa São Paulo de Futebol Júnior. As ofensas foram relatadas em súmula pelo árbitro Thiago Luis Scarascati. Nesta sexta, a Federação Paulista de Futebol (FPF) se pronunciou em nota oficial.
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A FPF manifesta total repúdio ao episódio de ofensas homofóbicas relatado durante partida da @Copinha em Osasco, nesta quinta-feira (9). (…)
— Paulistão (@Paulistao) January 10, 2020
“A FPF manifesta total repúdio ao episódio de ofensas homofóbicas relatado durante partida da @Copinha em Osasco, nesta quinta-feira (9). Não obstante a força da lei, que enquadra como crime atos de homofobia, é inadmissível que episódios sórdidos e desprezíveis como este ainda ocorram em nossos estádios. A FPF reforça que o árbitro Thiago Luis Scarascati agiu de pleno acordo com as novas orientações e paralisou a partida duas vezes até que cessassem as ofensas homofóbicas. O fato foi relatado em súmula e será encaminhado à Justiça Desportiva. Jogos da Copinha, do Paulistão ou qualquer outra competição serão paralisados quantas vezes forem necessárias caso novos episódios ocorram. O futebol paulista seguirá sua luta contra a intolerância e o preconceito, e a favor da democracia, da diversidade étnica, sexual, religiosa e de gênero”, diz o comunicado.
O ocorrido foi detalhado por Thiago Luis após o apito final do duelo que terminou empatado e sem gol. O resultado classificou o Rubro-Negro pernambucano e eliminou os anfitriões do grupo 28. A liderança da chave ficou com a Desportiva Paraense, que obteve seis pontos em nove possíveis. Já o Moto Club, que somou apenas um, terminou na lanterna.
“Aos cinco minutos do segundo tempo paralisei a partida devido a torcida do Grêmio Osasco Audax E. C. entoar gritos homofóbicos “O BICHA”, quando o goleiro da equipe do Sport Club do Recife cobrava o tiro de meta, avisei então ambos os capitães bem como ambos os treinadores, o motivo da paralisação. O capitão da equipe do Grêmio Osasco pediu aos torcedores que não realizassem tal ato. Aos seis minutos e 30 segundos do segundo tempo ocorreu novamente a situação acima citada, paralisei novamente a partida e pedi ao policiamento a possibilidade de um suporte fora do campo para controlar a situação, nesse momento o sistema de som comunicou aos torcedores para que os atos fossem cessados, causando assim um efeito positivo aonde pudemos seguir o jogo até o seu fim”, informou o árbitro na súmula do jogo.
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