Tenista está sendo criticado por ter contrato de patrocínio com o banco Credit Suisse. O banco teria colaborado com empresas de combustíveis fósseis
Começam a crescer as críticas de ativistas ambientais em relação ao banco Credit Suisse. De acordo com ativistas, o banco teria relação direta com a distribuição de dinheiro para empresas que trabalham com combustíveis fósseis. Na última terça-feira (7), um pequeno grupo se reuniu em frente ao tribunal jurídico de Lausanne, na Suíça. Entre os cartazes e gritos, vários pedidos de explicações.
Você conhece o canal do Torcedores no Youtube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram
Além de toda a questão ambiental, os ativistas criticaram o tenista Roger Federer. O suíço tem contrato de patrocínio com o banco. Algumas faixas no protesto diziam: “O Credit Suisse está destruindo o planeta. Roger, você os apoia?”. Na internet, a hastag #RogerWakeUpNow ficou no topo dos trendig topics do twitter. Em livre tradução, a hastag significa “Roger, acorde agora”.
Entre as várias contas na rede social que se uniram ao questionamento ao tenista, estava a da ativista ambiental Greta Thunberg. Ela compartilhou uma mensagem que questionava Roger e a sua relação com o banco. “Desde 2016, a Credit Suisse forneceu 57 bilhões de dólares para empresas que procuram novos empréstimos para depósitos de combustíveis fósseis. Algo que é portanto totalmente incompatível com as ações climáticas atuais. Roger Federer, você concorda com isso?”, dizia a postagem.
A resposta de Federer
Neste momento, o tenista Roger Federer se encontra em Melborne. Ele está portanto se preparando para a disputa do Open da Austrália. Ele foi informado das críticas, e respondeu aos ativistas. Mas decidiu não bater de frente com a causa. De acordo com ele, o aquecimento global é algo urgente que realmente precisaria de ações imediatas. Mas no comunicado ele não cita o banco Credit Suisse.
“Levo muito a sério os impactos e as ameaças das mudanças climáticas, principalmente porque eu e minha família chegamos à Austrália em meio à devastação causada pelos incêndios”, diz Federer em um comunicado enviado para a agência de notícias Reuters.
“Como pai de quatro filhos pequenos e fervoroso defensor da educação universal, tenho muito respeito e admiração pelo movimento climático jovem. Além disso, sou grato aos jovens ativistas climáticos por nos empurrar a todos para examinarmos nossos comportamentos. Devemos isso a eles e a nós mesmos para ouvir. Aprecio lembretes de minha responsabilidade como indivíduo, atleta e empreendedor. Isso porque eu estou comprometido em usar essa posição privilegiada para dialogar sobre questões importantes com meus patrocinadores”, completou o comunicado.
O que diz o banco
Recentemente, o banco Credit Suisse disse que entende as críticas e que vai mudar o comportamento. De acordo com os donos do banco, a empresa está “buscando alinhar suas carteiras de empréstimos com os objetivos do Acordo de Paris”, disseram. Além disso, anunciou recentemente no contexto de sua estratégia climática global que “não mais investirá em novas usinas a carvão”, completa.
LEIA MAIS
Federer despista sobre aposentadoria: “Ainda não sei quando vai ser”