Não é só dinheiro: especialista explica que outros fatores podem influenciar na negociação de Gabigol
Vontade de ter uma carreira internacional, jogar nos melhores campeonatos e ser ídolo de um time podem influenciar na decisão de Gabigol, segundo o especialista Marcelo Girade
Depois de uma temporada quase perfeita no Flamengo em 2019, o atacante Gabigol vive uma novela para saber se continua ou não no time carioca para a temporada de 2020. Além da negociação pelo salário, outros fatores podem influenciar na decisão do jogador de continuar no Brasil ou buscar novos desafios.
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De acordo com Marcelo Girade, especialista em Mediação, Negociação e Resolução de Conflitos, interesses substantivos e desejos subjetivos podem pesar na hora de um atleta decidir seu futuro. “É possível que o atleta entenda que a carreira internacional seja a próxima meta. Por outro lado, ele também pode ter o receio de perder o espaço lá fora já que muitos jogadores famosos no Brasil acabam sendo tratados como ‘apenas mais um’ ao vestir camisas de grande expressão na Europa”, explica.
“O atleta pode considerar também outros valores, esportivos e subjetivos, como: quero jogar neste time? Será um campeonato competitivo? A torcida me receberá bem? Serei feliz neste ambiente? Posso ser um ídolo?”, completa. No caso de Gabigol, todos estes fatores devem ser considerados para a tomada de decisão.
Segundo Girade, o time rubro-negro precisa ser direto e honesto com Gabigol durante as conversas entre o clube, jogador e empresário. “Recomendo botar na mesa critérios objetivos. Mostrar as vantagens de ele ficar no Brasil e comparar com o que ele encontraria no exterior. Assim, ele vai tomar a decisão com mais segurança. Sabendo que está abrindo mão de algo para obter outra vantagem que atenda o seu interesse”, afirma o especialista.
Ele ainda explica que é preciso se equiparar ao mercado exterior para conseguir competir com ele. “Lá fora você tem os melhores times, melhores campeonatos, estádios lotados, clubes que pagam em dia e são bem estruturados. Isso atrai o atleta. Se o futebol brasileiro seguir esse caminho também pode começar a crescer no mercado. Alguns times já caminham nessa direção”, destaca Marcelo Girade.