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Documentos comprovam que o PCC planejou atentado durante Copa do Mundo no Brasil

 A célula principal do PCC planejava atentato durante a Copa do Mundo em 2014; entenda toda a situação 

Por Luis Fernando Filho em 17/01/2020 00:27 - Atualizado há 5 anos

Divulgação/Corinthians

 A célula principal do PCC planejava atentato durante a Copa do Mundo em 2014; entenda toda a situação 

A reportagem do site “Ponte Jornalismo” revelou que a facção criminosa, Primeiro Comando da Capital (PCC), ameaçou explodir carros-bomba durante a Copa do Mundo no Brasil.

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O fato foi divulgado a partir das investigações feitas pela Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPE (Ministério Público Estadual).

A ameaça do PCC foi feita em 2014, e tinha o objetivo de explodir dois carros-bomba em São Paulo se os líderes de facção fossem transferidos para os presídios federais.

Dessa forma, as instituições investigadoras deflagraram a operação que envolvia 35 pessoas ligadas ao tráfico de drogas.

A “Ponte Jornalismo”, por sua vez, captou as conversas exclusivas dos traficantes que planejavam o atentado 45 dias antes da abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians.

De acordo com as conversas envolvendo os representantes do PCC James Mendes da Silva, o “Gê”, e Marcos Laureano, o “Galego”, afirmavam: “se alguém do PCC for arrastado (transferido) para presídio federal, não vai ter Copa do Mundo”.

As conversas do PCC sobre possível atentado durante a Copa do Mundo

Na época, o Governo Federal negava o teor das ameaças, mas nessa sexta-feira o site de reportagem confirmou a teoria  das ameaças.

Inclusive, em conversas divulgadas “Gê” e “Galego” confirmaram o desejo de intervir no megaevento no caso das transferências.

“Vai morrer muita gente e vai ter um rio de sangue”, disse um dos integrantes do PCC no histórico das conversas.

Reprodução da conversa entre os integrantes/ Foto: Ponte Jornalismo

Para se ter noção do esquema envolvendo os traficantes, o Gaeco havia denunciado 135 pessoas ligadas à facção oito meses antes da Copa do Mundo.

Entre os principais atingidos nessa operação estava, inclusive, o “Marcola”-principal líder do PCC- que viria a ser internado no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).

Tempos depois o chefão da facção voltaria à cela comum e a Polícia interceptaria as conversas envolvendo as ameaças dos carros-bomba na Copa do Mundo.

A transferência dos integrantes do PCC aos presídios federais, portanto, ocorreu apenas em fevereiro de 2019- cinco anos depois do Mundial.

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