Home Futebol De jogador de futebol a motorista de Uber, recordista da Copa relembra trajetória

De jogador de futebol a motorista de Uber, recordista da Copa relembra trajetória

Jéssica De Paula Alves
Jornalista amapaense migrada em Belo Horizonte (MG). Nascida em março de 1990, é gremista e adora esportes desde a infância. Faixa branca em jiu-jitsu, também é fã de rock e ama unir suas paixões.

Dono do gol mais rápido em Copa do Mundo pela Turquia, Hakan Sukur recorda sobre prisão do pai e perseguição política. Jogador deu entrevista ao jornal alemão Welt Am Sonntag

O ex-jogador Hakan Sukur viveu momentos de glória na Copa do Mundo de 2002 quando fez o gol mais rápido da história do torneio. Hoje, aos 48 anos, vive uma vida completamente diferente da de atleta. Em entrevista ao jornal alemão Welt Am Sonntag, ele recordou sobre a trajetória, que teve reviravoltas, incluindo a prisão do pai, perseguição política e levar a vida como motorista de Uber.

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Em 2011 pós ingressar no partido Erdogan (AKP) na Turquia, viveu polêmicas com escândalos de corrupção. Posteriormente, viveu sendo perseguido, informou o ex-atacante. Entrar na política não era uma vontade inicial, segundo o jogador.  “O partido me convidou mas começaram se beneficiar da minha popularidade. Então as hostilidades começaram”.

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Com a perseguição, teve os bens congelados e por isso fugiu para os Estados Unidos, em 2015. Mesmo ano em que o pai havia sido preso. Mas após ter um câncer diagnosticado, foi solto.

No novo país, o recordista da Copa abriu uma cafeteria, mas teve que fechar em seguida, após um fã fazer uma foto com ele, mas ser preso em solo turco, por autoridades do país.

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“Conheci um estudante turco que estava aqui sozinho. Eu não o conhecia, mas tiramos uma selfie. Quando ele voltou para a Turquia, descobriram a foto em seu celular e o prenderam por 14 meses. O governo deliberadamente faz essas coisas. Eles querem nos matar”, disse.

Mas atualmente, além do Uber, Hakan ganha a vida vendendo livros. Na entrevista, ele também denunciou a atitude do governo de Erdogan, que retirou tudo dele.

“Estou começando a trabalhar agora. Não tenho mais nada em nenhuma parte do mundo. Erdogan tirou tudo de mim. Meu direito à liberdade, o direito de me explicar, de me expressar, de me expressar, o direito ao trabalho. Eles atiraram pedras na boutique da minha esposa, meus filhos foram assediados na rua, recebi ameaças após cada declaração que fiz …”, lamentou.

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