Taça é um dos prêmios mais importantes concedidos pelo COI. Entidades tem realizado parcerias na construção de delegações olímpicas de refugiados
O Comitê Olímpico Internacional (COI) premiou uma agência de refugiados da ONU nesta sexta-feira (10). A premiação veio por meio da entrega da Taça Olímpica. O troféu é entregue aos principais nomes da história do esporte. Este ano, porém, o prêmio foi entregue para toda uma entidade. O COI e a ONU tem feito várias parcerias nos últimos anos na construção de uma delegação olímpica de refugiados. A novidade estreou no Rio de Janeiro, justamente em meio a uma das maiores crises humanitárias da história.
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O prêmio foi concedido nominalmente para a ACNUR, a agência que cuida da questão dos refugiados. A Cerimônia aconteceu no início da sessão do COI na cidade de Lausanne. Toda a elite da entidade está na cidade Suíça. Isso porque neste exato momento estão sendo realizados os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Seja como for, o prêmio foi entregue ao alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi.
No discurso da entrega, o presidente do COI, Thomas Bach, enfatizou a parceria entre as duas entidades. “Hoje, estamos entregando a Taça Olímpica de 2019 ao ACNUR. Trata-se portanto de um dos parceiros de longa data do COI e do Movimento Olímpico. O ACNUR celebrou o poder do esporte para a proteção e o bem-estar dos refugiados. Além disso, tem sido um defensor dos nossos valores olímpicos. Ou seja, sem o ACNUR, não poderíamos ter criado a Equipe Olímpica de Refugiados do COI ”, disse Bach.
A parceria
A parceria entre COI e ONU vem de longa data. Há pouco tempo, essa “amizade” completou 25 anos. De lá pra cá, muitos projetos saíram do papel. Várias dessas plataformas esportivas foram implementadas em mais de 50 países. De acordo com a entidade máxima do esporte olímpico, muitos desses projetos não estavam relacionados ao esporte de ponta. “Os programas esportivos também provaram ser um catalisador para capacitar as comunidades deslocadas, ajudando a fortalecer e promover relacionamentos pacíficos e a coexistência com as comunidades anfitriãs”, diz o comunicado do COI.
O agradecimento
Recebendo o prêmio em nome da ACNUR, Filippo Grandi agradeceu. “Este prêmio é uma homenagem que quero compartilhar com todos os meus colegas. Aliás, são colegas do mundo todo que se esforçaram para trazer oportunidades às pessoas deslocadas pelo esporte. Isso mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras”, disse ele. “E, é claro, é uma homenagem às pessoas e comunidades deslocadas que o ACNUR atende. Eles entendem o poder transformador do esporte e aproveitaram portanto as oportunidades que lhes foram oferecidas”, completou.
COI e ACNUR já trabalham na construção do time olímpico de refugiados que estará nos Jogos Olímpicos de Tóquio deste ano.
A última premiação da taça olímpica foi entregue aos cidadãos do Rio de Janeiro, durante os Jogos Olímpicos de 2016.
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