Carlos Bacca fala sobre sua carreira e que ainda sonha em “jogar com Messi, Suárez ou James”
O experiente atacante Carlos Bacca ainda sonha em atuar ao lado de um dos craques latinos na LaLiga Santander
O experiente atacante Carlos Bacca ainda sonha em atuar ao lado de um dos craques latinos na LaLiga Santander
Com 33 anos, Carlos Bacca foge do perfil da maioria dos jogadores do futebol moderno. Ele começou sua carreira diretamente na equipe profissional do Junior Barranquilla, sem nenhuma formação nas categorias de base. Mesmo assim o jogador tem uma carreira de destaque, com passagens por grandes clubes como Sevilla e Milan e pela seleção colombiana, com direito a disputar as Copas do Mundo de 2014 e 2018.
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Em recente entrevista, o atacante falou sobre os erros que teve ao longo da sua carreira e sobre a possibilidade de jogar ao lado de um dos grandes craques latinos que atuam futebol espanhol.
Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista de Carlos Bacca.
“Quase fui ao Chievo Verona. Foi quando percebi que minha indisciplina poderia acabar com minha carreira”
“Logo no início da minha trajetória, tive a chance da minha vida: jogar futebol na Itália. Estava tudo certo, o Chievo Verona chegou até a mandar um representante à Barranquilla. Mas, durante esse tempo, logo após uma vitória, fui com um amigo para uma festa. No dia seguinte, isso saiu como um grande escândalo na Colômbia. Ainda assim, o Chievo me queria, mas em outros termos. Agora, não era mais em definitivo, e sim por empréstimo. Ou seja, tudo havia mudado. Foi quando passei a me perguntar o que eu estava fazendo. Terminei a temporada, joguei bem, mas precisava mudar minha postura. Foi quando recebi a proposta do Club Brugge”.
“Chorei muito na Bélgica. Eu queria ir embora”
“A primeira coisa que disse quando cheguei [na Bélgica] foi: o frio está ótimo. Nunca senti tanto frio em Barranquilla, pois lá faz calor todos os dias. Então, estava frio e eu gostei. No começo foi complicado, eu não sabia nada, havia saído da Colômbia, não sabia sobre a vida na Bélgica. Morei sozinho por uns 45 dias num hotel, sem saber falar inglês. Não entendia uma palavra que as pessoas falavam. Foi tudo muito diferente, mudança de horário, treinamentos… durante esse período, me buscavam às 8h e o treino ia até às 13h. Logo depois, eu dormia. Nem sabia qual era o horário. Essa era minha rotina. Às vezes, o pessoal do hotel vinha perguntar se eu queria jantar, porque havia dormido. Coisas desse tipo. Vivi isso sem minha esposa e meu filho, fui me instalando enquanto procurava uma casa para morar. Chorei muito porque queria ir para casa. Por isso, ficava me perguntando: por que eu vim até aqui? Queria ter sucesso no futebol europeu”.
“Monchi me contratou mesmo depois da minha pior partida da carreira”
“Monchi [Ramón Rodríguez Verdejo] se interessou e veio me assistir jogar, mas foi justamente na pior partida que já disputei. Foi quando ele disse: ‘vim vê-lo e vi seu pior jogo, mas mesmo assim quero te contratar, mesmo que você tenha tido sua pior partida’. Ele não sabia que eu estava sob pressão, pela ida dele ao duelo. Mas Monchi acreditou em mim desde o primeiro dia, e foi isso que me levou ao sucesso com o Sevilla”.
“Estou dando o meu melhor. Espero jogar com o Villarreal por muitos anos”
“Depois [de passar por Sevilla e Milan] tive a oportunidade de vir ao Villarreal. Este clube me deu estabilidade e tranquilidade. Eu gosto de estar aqui todos os dias, e isso é o mais importante quando você amadurece. O Villarreal FC deu estabilidade à minha família, e quero dar tudo de mim. Espero jogar com o Villarreal por muitos anos”.
“Adoraria jogar com Messi, Suárez ou James na LaLiga”
“Gostaria de jogar ao lado de grandes jogadores latinos da LaLiga Santander. Espero poder jogar com Messi, Suárez ou James Rodríguez aqui. Existem grandes jogadores de futebol aqui na Espanha, que elevam a qualidade da competição. Eu não gostaria de jogar contra Godín ou Miranda, por exemplo. Eu não conseguia passar por eles quando estavam no Atlético de Madrid. Eu também evitaria ‘Chimy’ [Ezequiel] Avila. Ele é um daqueles jogadores que você deseja como companheiro de equipe, com muita energia. Não importa contra quem ‘Chimy’ jogue, ele dá tudo de si. Sempre me pergunto quanto ele dorme, já que pode correr por 90 minutos sem se cansar. Sua energia é contagiosa. Quando você tem um companheiro de equipe que está lutando por você, é motivador. É por isso que eu não gostaria de enfrentá-lo”.
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