Análise – Tennessee Titans: o time mais “old school” da NFL
Após eliminar New England Patriots e Baltimore Ravens, Titans enfrentam os Chiefs para tentar chegar ao Super Bowl
Após eliminar New England Patriots e Baltimore Ravens, Titans enfrentam os Chiefs para tentar chegar ao Super Bowl
O Tennessee Titans parece ter operado dois milagres ao eliminar New England Patriots e Baltimore Ravens, ambos fora de casa. No entanto, há uma explicação para a franquia ter galopado em uma zebra e rumar até a grande final da AFC.
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Contra o Kansas City Chiefs, no domingo (19), a franquia tenta dar o golpe derradeiro rumo ao Super Bowl. O jogo acontece às 17h (de Brasília), e quem vencer se garante no grande jogo do dia 2 de fevereiro.
Primeiramente, é importante ressaltar que Tennessee tem uma identidade clara. A proposta de jogo da equipe comandada por Mike Vrabel nos leva à outra era da NFL. Hoje, o passe predomina entre praticamente todos os playbooks da NFL, mas o time dos Titans parece que foi montado em outra década. O motivo é simples: o jogo terrestre é a tônica, carrega o desenvolvimento da equipe e é a grande fonte de ignição.
Por conta disso, o ataque de Tennessee é completamente “Old School”, como os dos anos 70 ou 80. Assim como times dessa época tinham running backs como grandes estrelas – vide o Chicago Bears com Walter Payton -, os Titans têm Derrick Henry como o nome mais impactante do franquia.
Ryan Tannehill, o quarterback, tem méritos pelo funcionamento da engrenagem. Ele protege bem a bola, não sofre turnovers e aparece muita das vezes em terceira descidas cruciais, além de se mostrar um líder em campo. Ademais, o camisa 17 abre espaço para play actions e big plays em algumas ocasiões, quando a defesa adversária está sedenta tentando arranjar maneiras de parar Henry. Veja nesse lance contra o Baltimore Ravens:
RYAN TANNEHILL GOING DEEP.
45-yard touchdown pass to put the @Titans up 14-0! #Titans #NFLPlayoffs
?: #TENvsBAL on CBS
?: NFL app // Yahoo Sports app
Watch free on mobile: https://t.co/81PYwJcw9t pic.twitter.com/BMQPbYpIIL— NFL (@NFL) January 12, 2020
Apesar de sua importância, o running back é a grande estrela, e os números provam isso.
Antes de tudo, cabe ressaltar que o Tennessee Titans é a primeira franquia desde 1988 a vencer dois jogos de playoffs com menos de 100 jardas lançadas. Esse é um feito impressionante, pois derrubar uma defesa comandada por Bill Belichick e um time que jogou descansado e com pinta de “quase imbatível” como o Baltimore Ravens, são conquistas com muitos méritos.
Contra os Patriots, Tannehill somou 72 jardas, acertou oito lançamentos de 15 tentados e marcou um touchdown, além de uma interceptação; Marcus Mariota, que participou de um snap, somou quatro jardas em um passe certo.
Já Henry, na mesma partida, teve 34 carregadas, 182 jardas corridas e um touchdown, com média de 5,4 jardas por carregada. O próprio Tannehill teve quatro corridas, e Dion Lewis teve mais duas.
Derrick Henry, o cidadão responsável pela eliminação dos Patriots ??? pic.twitter.com/L9xFTKwYmh
— Diário da Bola Oval (@diariobolaoval) January 7, 2020
Para derrubar a maior dinastia desse século, os Titans correram 40 vezes e lançaram apenas 15. Destrinchando os números contra o Baltimore Ravens, é possível enxergar o quão raro é uma equipe ter tantas corridas a mais do que passes.
Henry correu 30 vezes e somou 195 jardas. Tannehill lançou em 15 oportunidades e teve 88 jardas. Ao todo foram 37 carregadas pelo chão da equipe, contra 15 passes; mais que o dobro.
Para efeito de comparação, os Ravens lançaram 59 vezes – chocante – e correram 29. Ou seja, essa é a tendência da atual NFL: as equipes lançam muito mais do que correm com a bola. Há alguns times que conseguem equilibrar, mas o mais comum é realmente haver muito mais jogadas aéreas.
O Kansas City Chiefs, próximo adversário dos Titans, lançou 35 passes e correu com a bola 21 vezes, na vitória contra o Houston Texans. Os números provam o quão “Old School” é o Tennessee Titans nesses playoffs.
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Tennessee Titans é o primeiro time desde 1988 a ganhar dois jogos nos playoffs com menos de 100 jardas lançadas