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Análise – San Francisco 49ers: o repertório do elenco mais completo da NFL

Niners e Packers se enfrentam no próximo domingo (19) em duelo que define o novo campeão da NFC

Por Paulo Foles em 16/01/2020 18:05 - Atualizado há 5 anos

Foto: Divulgação/Twitter San Francisco 49ers

Niners e Packers se enfrentam no próximo domingo (19) em duelo que define o novo campeão da NFC

Os dois primeiros colocados da NFC durante a temporada regular se enfrentam na final de Conferência no próximo domingo (19), às 20h40 (de Brasília), no Levi’s Stadium. San Francisco 49ers e Green Bay Packers protagonizam um esperado embate para decidir quem estará no Super Bowl no dia 2 de fevereiro, em Miami.

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A partida de duas franquias clássicas da NFL reserva um tempero especial na NFC. Aaron Rodgers jogará contra seu time de infância e volta ao estado onde cresceu e fez história em época de Universidade. Os Niners buscam vencer o Super Bowl após 25 anos.

A força de San Francisco

O San Francisco 49ers é o time mais equilibrado e completo que ainda está vivo nos playoffs. Tennessee Titans tem um jogo terrestre aterrorizante, mas um aéreo anêmico; o Kansas City Chiefs intensifica a cada semana a força de Patrick Mahomes e de seus lançamentos, mas o jogo pelo chão e a defesa são contestáveis; o Green Bay Packers tem alguns problemas no corpo de recebedores.

Os Niners não têm fraquezas para serem exploradas. A defesa é intensa assim como seu coordenador defensivo, o Robert Saleh, que vibra a cada sack e tackle de seus comandados. Na linha defensiva, Nick Bosa aterroriza os quarterbacks já em sua primeira temporada na liga, e ao seu lado têm gladiadores como DeForest Buckner e Dee Ford.


O ataque é conduzido pela mente brilhante de Kyle Shanahan, que já havia feito bom trabalho no Atlanta Falcons como coordenador ofensivo. Nos 49ers, ele introduziu uma cultura de um sistema ofensivo cheio de repertório: muita movimentação pré-snap, rotas verticais, screens, jogo terrestre forte… Porém, o principal é o play action, o fio condutor da equipe.

Tudo começa por um bom jogo corrido, que abre portas para outras armas do playbook. O pacote de running backs conta com três nomes chaves: Raheem Mostert, Matt Breida e Tevin Coleman, que somaram 772, 623 e 544 durante a temporada regular, respectivamente. Além da fortaleza em corridas, os três atuam em desenhos de jogadas onde recebem passes e entram nas variáveis desse ataque cheio de repertório.

A movimentação antes do snap chama a atenção. San Francisco é o time que mais usa movimentos antes da jogada começar, com o objetivo de criar mais confusões na defesa rival. A variedade é gigante, mas o play action realmente é a grande identidade do sistema de Kyle Shanahan. Essa situação contra o New Orleans Saints demonstra como é efetivo:

Apesar de todo repertório de jogadas e variedades de um sistema avassaldor, os números mostram que o San Francisco 49ers é equilibrado. Em jardas aéreas, a equipe foi apenas a 13ª durante a temporada regular, com 3,792; em jardas terrestres, o segundo, com 2,305. Ou seja, o funcionamento depende de ambos os quesitos tendo efetividade, pois o play action só é acionado quando há um jogo que funciona pelo chão.

As armas já estão preparadas, e os 49ers demontram ter muitas forças para chegar ao Super Bowl e enfrentar o Kansas City Chiefs ou o Tennessee Titans. Para complementar, confira lances do repertório da franquia comandada por Kyle Shanahan:

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