Análise: o Minnesota Vikings não pode ser subestimado

Vindo de grande vitória contra o New Orleans Saints, Vikings duelam contra o San Francisco 49ers por vaga na final da NFC

Apesar de ótima temporada, com 10 vitórias e seis derrotas, o Minnesota Vikings não entrou nas discussões dos favoritos à conquista da NFC, que se limitou a San Francisco 49ers, Seattle Seahawks, Green Bay Packers e New Orleans Saints.

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Mesmo depois de eliminar os Saints em NO, os olhares estão mais focados nos deméritos da equipe de Drew Brees do que nos méritos dos Vikings. Minnesota precisa receber o devido valor por conseguir chegar até essa fase dos playoffs.

Se for destrinchar o elenco comandado por Mike Zimmer, é possível observar que o grupo é recheado de talentos em todos os setores; e um dos mais completos. O sucesso na atual temporada se deve a uma engrenagem de um time bem treinado.

Jogo terrestre + play action

Dalvin Cook está entre os três melhores running backs nesta atual temporada, talvez atrás apenas de Christian McCaffrey, do Carolina Panthers. Agressivo e capaz de conquistar muitas jardas por sua capacidade atlética, ele é essencial também por outros motivos.

Com ele em campo e com o jogo terrestre tendo progressão, o play action é acionado com sucesso. Kirk Cousins tem sido muito efetivo nessas situações, principalmente ao explorar seu forte braço em big plays.

Além da fortaleza pelo chão e do sistema baseado no play action, é importante destacar a força do corpo de recebedores, especialmente Adam Thielen e Stefon Diggs. Os dois formam uma das melhores duplas de wide receivers da NFL.

O lance da classificação do Minnesota Vikings contra New Orleans foi uma jogada de play action entre Cousins e Thielen; confira o desenho e depois o lance real:

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Kirk Cousins-Adam Thielen on play action for 43 yards to set up a @Vikings game-winning TD.

Thielen was targeted on 30% of routes today (9 targets, 7 receptions, 129 yards), after being targeted on 13% of routes since his return from injury in Week 15.#MINvsNO | #Skol pic.twitter.com/SBdRPnZO4K

— Next Gen Stats (@NextGenStats) January 5, 2020

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On Cousins big throw in OT.

Helps to have two big-time WRs

Diggs runs a sting or corner post on the left
Thielen runs an angle corner on the right

FS opens to Diggs so Cousins throws to Thielen

Cousins unleashes a beautiful high arcing pass pic.twitter.com/pjvP6IIeS0

— Ted Nguyen (@FB_FilmAnalysis) January 7, 2020

Sistema defensivo com força em todos os setores

A vitória contra o New Orleans Saints engradece o sistema defensivo orquestrado por Mike Zimmer. Drew Brees e companhia haviam anotado ao menos 34 pontos em 6 dos últimos 7 jogos na temporada, e contra Minnesota, se limitaram a apenas 20.

Os Vikings foram o quinto melhor time em ceder pontos ao adversário, com apenas 18,9 por partida; em sacks, também em quinto, com 48 ao todo durante a temporada regular; já no quesito interceptação, ficou em terceiro, com 17, atrás apenas de New England Patriots e Pittsburgh Steelers e empatado com o rival de divisão Green Bay Packers.

Esses números só mostram o quanto o sistema defensivo é completo. A linha defensiva é sufocante e faz com louvor o trabalho de pressão ao QB adversário, com destaque para nomes como Danielle Hunter e Everson Griffen, que somaram 14,5 e oito sacks durante a parte regular, além de 1,5 cada contra Drew Brees no último domingo (5).

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A linha defensiva dos Vikings conta com o Danielle Hunter e o Everson Griffen que forma uma das duplas de EDGEs mais imponente da NFL.
De acordo com o SIS data hub, o Hunter foi responsável por 14,5 Sacks e 78 pressões e o Griffen teve 8 sacks e 59 pressões. pic.twitter.com/KOjg5sf6aM

— 49ers do Caos (@NinersDoCaos) January 11, 2020

Como vencer o San Francisco 49ers?

Não existe resposta concreta para isso, mas o primeiro caminho para se chegar ao objetivo é estabelecer o jogo terrestre. Se conseguir isso, os Vikings podem controlar o tempo, deixar o ataque adversário fora do campo e acionar o play action com eficiência.

Tudo começa por uma grande noite de Dalvin Cook. Para a engrenagem ser perfeita, o running back tem que estar em uma noite inspirada, pois assim a defesa consegue se manter bem fisicamente por estar descansada e o ataque tem o playbook de variáveis aberto, principalmente pelo play action e big plays de Kirk Cousins com seus recebedores.

A hora da verdade

San Francisco 49ers é favorito, isso é inegável. Com um ataque avassalador, que assim como os Vikings é voltado ao play action, a franquia cinco vezes campeã do Super Bowl ainda tem uma defesa com facetas de dominância.

No entanto, após derrubar os Saints, o Minnesota Vikings não pode mais ser subestimado. Não há limites para esse time e não será surpresa se conseguir chegar ao Super Bowl, apesar de não ser o favorito na NFC.

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