Monaco era o maior candidato para bater de frente com a Soberania do PSG, mas sucumbiu em maus resultados
A compra do Paris Saint Germain por Nasser Al-Khelaifi em 2011 gerou um alerta em outros times da Ligue 1. Era preciso fazer algo para conseguir bater de frente e o Monaco que estava na segunda divisão, alçou uma longa caminhada para chegar até o ápice da equipe em 2016. No entanto, o time entrou em séria decadência e brigou para permanecer na elite francesa no ano passado. Entenda o que aconteceu com a equipe do principado e que virou apenas mais um “patinho feio”.
Futebol de graça e ao vivo por 1 mês? Conheça o DAZN Brasil!
Você conhece o canal do Torcedores no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram
2011 a 2013
A temporada 2010/11 foi dura para o Monaco. A equipe sofreu durante o Campeonato Francês e acabou sendo rebaixado na 18ª colocação. Sem esperanças de dias melhores, o clube foi vendido para o bilionário russo Dmitri Rybolovlev que prometeu investir 100 milhões de euros para conseguir alavancar a equipe. Sem conseguir ter um bom desempenho na primeira temporada com o novo dono, o Monaco acabou só com a oitava colocação e demitiu os treinadores Marco Simone e Laurent Banide.
Os grandes investimos só vieram em 2012/13. O início da reformulação da equipe começou com a contratação de Claudio Ranieri, técnico italiano vencedor e que seria o comandante do projeto de Rybolovlev. Com Ranieri e mais algumas contratações pontuais o primeiro lugar da segunda divisão e chegou até as oitavas de final da Copa da Liga Francesa. A volta para a Série A foi em grande estilo e recheado de reforços.
João Moutinho e James Rodrigues do Porto e Falcão García do Atlético de Madrid vinham de ótimas temporadas e foram a cereja do bolo. Com os três e outros jogadores como Kondogbia, ex-Sevilla, o time de Ranieri brigou duramente com o PSG e acabou com a segunda colocação no campeonato nacional. Além do bom desempenho na Ligue 1, a equipe conseguiu chegar às semifinais da Copa da França e foi eliminado na prorrogação após perder na prorrogação para o Guingamp por 3 a 1.
A saída de Ranieri e de reforços importantes após “o divórcio mais caro do mundo”
Ao final da temporada, Claudio Ranieri deixou o Monaco. Mesmo com o acesso, a ótima campanha para um time que vinha da segunda divisão e a chegada de reforços não foram suficientes para manter o emprego do italiano. Os gastos feitos, no entanto, geraram problemas para Rybolovlev que se separou da esposa com quem tinha repartição de bens. Ao todo, o caso rendeu 54% da fortuna do russo, ou seja, mais de R$ 10,6 bilhões de reais. A saída que o dono encontrou de se recuperar da perda de dinheiro foi se desfazer de alguns jogadores como James Rodriguez e Falcão Garcia e iniciar um processo para utilizar a base durante os próximos anos.
Como substituto de Claudio Ranieri, chegou Leonardo Jardim sendo totalmente o oposto do antigo treinador. Um treinador que era pouco conhecido no mercado, receberia um salário menor, teria que ter um bom desempenho para erguer o clube e sem o reforço financeiro. Com alguns bons nomes, a equipe conseguiu segurar a boa fase e alcançou o terceiro lugar na Ligue 1, avançou às quartas de finais da Copa da França e da Liga dos Campeões e foi eliminado na semifinal da Copa da Liga.
Novas vendas, efetivação de Mbappé e melhor temporada
O resultado da queda de esforços financeiros chegou na temporada 15/16 do Monaco. Com contratações baratas e venda de jogadores principais como Martial, Carrasco e Kondogbia, a equipe do Principado caiu cedo em todas as competições. Não passou dos playoffs da Liga dos Campeões, ficou na fase de grupos da Liga Europa, parou nas oitavas das duas copas nacionais e enfrentou dificuldades para enfrentar a Ligue 1 com um PSG imparável e com um Lyon muito forte.
No entanto, o grande ápice da equipe foi a temporada 16/17 que não teve grandes mudanças, mas foi um ano em que Leonardo Jardim conseguiu tirar o melhor da equipe e mesclar jovens com jogadores experientes. O treinador montou um esquema que deu mais do que certo. Um 4-3-3 que tinha Falcão Garcia, Mbappé e Germain no ataque e que lideraram a artilharia da equipe rumo a conquista da Ligue 1 depois de 17 anos. Uma defesa sólida com o brasileiro Jemerson se destacando, um meio-campo rápido que protegia e atacava com eficiência e um ataque produzia muitas chances. Ao final da temporada, a equipe conseguiu chegar na semifinal da temporada e foi eliminada pela Juventus novamente.
Queda de produção e saída de Mbappé
Ao progredir em todas as competições, o Monaco foi ganhando dinheiro e automaticamente podendo fazer investimentos. Só que os gastos novamente não trouxeram os resultados esperados e a equipe voltou a amargar os resultados de 2015 em 2017. Além de não conquistar mais nenhum título, a equipe demitiu Leonardo Jardim após quase quatro anos, tentou o craque Henry que resistiu apenas três meses e terminou a catastrófica temporada 2018/19 com Franck Passi.
Os ativos mais caros deixaram o clube, mas não tiveram sucessores à altura. Com fraco futebol, o Monaco ainda teve seu dono novamente sendo preso e envolvendo em mais polêmicas. Na temporada 2018/19, a equipe não conseguiu render, sofreu com saídas importantes como Lemar e Fabinho e o time ficou a dois pontos de cair para a segunda divisão com 18 derrotas em 38 jogos.
Na atual temporada, ainda há problemas a serem resolvidos, mas a equipe demonstra uma pequena melhora. Em 19/20, a equipe é a oitava colocada na Ligue 1 e segue apenas na Copa da França.
LEIA MAIS: