Home Futebol Conheça a história de Andriy Shevchenko, técnico da seleção ucraniana

Conheça a história de Andriy Shevchenko, técnico da seleção ucraniana

Mundial Sub – 20: com a utilização do VAR, Ucrânia e Coreia do Sul de forma surpreendente são as finalistas

Tarique Vilhena
Graduado em Administração na UFRRJ, Apaixonado por Futebol, Flamenguista por Opção, Geek por Natureza, Carioca de Nascimento, Amante de Livros, Misterioso, Cinéfilo, Curte Contar/Apreciar Boas Histórias e Experiências de Vida; Sempre em Busca de Novos Objetivos.
Claudio Villa / Stringer

Claudio Villa / Stringer

Ex-atacante da seleção teve carreira destacada após iniciar a carreira pelo Dínamo de Kiev

Sheva superou as adversidades e conseguiu se consolidar como um dos maiores futebolista da história de seu país e, após despontar da antiga União Soviética, comanda a Ucrânia, que acabou de conquistar o Mundial Sub-20.

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Início da carreira

O rapaz que sempre se destacava nos esportes,  já praticava outras paixões, tais como golfe e hóquei no gelo. Mas o filho de um soldado soviético, Andriy Mykolayovych Shevchenko (que teve seu nome “russificado” para Andrey Nikolayevich Shevchenko, por ser cidadão não-russo, na época), nascido em 29 de setembro de 1976, em Dvirkivschyna, teria muito mais a entregar pelo futebol do que por outras modalidades esportivas.

Inspirado pelo “Príncipe da Bola” Oleh Blokhin, que defendeu as cores da União Soviética, Sheva fez um teste nas categorias de base dos ucranianos do Dínamo de Kiev e obteve êxito. Mas, em 1986, sofreu com a tragédia de Chernobyl que dizimou milhares de soviéticos e teve que abandonar seu lar e amigos. Este episódio se tornou uma motivação para o atleta, que buscou incessantemente progredir e aprimorar seu talento no futebol, para ser conhecido a nível mundial.

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Seu primeiro destaque pela equipe do Dínamo de Kiev, seria a campanha na Liga dos Campeões na temporada 1998/1999, aonde chegariam às semis. Após eliminar os defensores do título, os espanhóis do Real Madrid, nas quartas de final com três gols dele em dois jogos, a equipe ucraniana empatou o jogo de ida por 3×3 contra os alemães do Bayern de Munique, com dois gols do atacante. Mas perderam em Munique por 1×0 e acabaram eliminados da competição.

Transferiu-se para os italianos do Milan na temporada 1999-2000 e, firmou-se como um atacante a nível mundial, em sua primeira temporada na Itália sagrou-se artilheiro da Série A. O ápice de sua passagem pelos rossoneri foi a conquista da Liga dos Campeões na temporada 2002-2003, onde marcou o pênalti decisivo sobre os italianos da Juventus. Sheva dedicou essa conquista a Lobanov’ski, que havia falecido no ano anterior, e foi o treinador de Shevchenko no início da carreira. Ao deixar a medalha da conquista da competição europeia no túmulo de seu ex-treinador, o atacante agradecia a uma das pessoas que mais o impulsionou a continuar sua carreira após o acidente nuclear em Chernobyl.

Outros destaques

Em 2004, conseguiu o reconhecido prêmio mundial da Bola de Ouro e desbancou o luso-brasileiro Deco e o brasileiro Ronaldinho Gaúcho. Era o terceiro ucraniano a receber esta honraria, depois de Oleh Blokhin e Ihor Byelanov, mas era o primeiro a conquistar após a independência da Ucrânia.

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Em 2006, transferiu-se para os ingleses do Chelsea, a pedido de sua esposa, a modelo norte-americana Kristen Pazik, que almejava a mudança para um país falante de língua inglesa visando a melhoria da educação de seu filho. Todavia, o desempenho em sua primeira temporada nos londrinos obteve apenas 13 gols. O jogo mais duro do campeonato local, e a divisão dos holofotes com o marfinense Drogba, não colaboraram para que o atacante desempenhasse o melhor de seu futebol.

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Após duas temporadas nos “Blues”, Shevchenko regressou emprestado ao Milan em 2008 e voltou a ter boas atuações. Regressou ao Chelsea em 2009, mas pouco tempo ficou por lá, antes de retornar ao clube que o revelou para o futebol, o Dínamo de Kiev.

Na temporada de 2009-2010, o atacante ucraniano voltava para onde tudo começou, atuando em excelente nível na temporada de 2010-2011, levando o clube a mais uma conquista da Supercopa da Ucrânia. Feito este que o credenciou ao elenco ucraniano que disputaria a Eurocopa 2012.

Passagem pela seleção ucraniana

Pela Seleção da Ucrânia, disputou a Copa do Mundo de 2006 e marcou 2 tentos contra Arábia Saudita e Tunísia, respectivamente. A Seleção chegou até as quartas-de-final e perdeu para a Itália, que seria a campeã daquela edição. Já na Eurocopa 2012, marcou história ao sair do banco e marcar os dois gols da virada na estreia e primeira partida da Ucrânia nesta competição, quando fizeram 2×1 sobre a Suécia em 11/06/2012.

Títulos

Em seu vasto currículo, possui o pentacampeonato ucraniano (1994/1995, 1995/1996, 1996/1997, 1997/1998, 1998/1999), o tricampeonato da Copa da Ucrânia (1995/1996, 1997/1998 e 1998/1999) e a Supercopa da Ucrânia (2011) pelo Dínamo de Kiev. Já pelo Milan, conquistou a Liga dos Campeões da UEFA (2002-2003), Coppa Itália (2002-2003), Supercopa da UEFA (2003), Série A (2003-2004), Supercopa da Itália (2004) e Trofeo Luigi Berlusconi (2002, 2005 e 2008). Ainda conquistou a Copa da Liga Inglesa (2006-2007) e Copa da Inglaterra (2006-2007) pelo Chelsea.

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