No dia 12 de maio será comemorado o Dia das Mães, e no esporte muitas mulheres são verdadeiras guerreiras ao conseguir conciliar a vida de mãe com a de atleta. Isso acontece na vida da mineira Tamires Cássia, 32 anos, uma das principais esperanças da seleção brasileira para conquistar o título da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2019.
Tamires é natural de Caeté, a 50 km de Belo Horizonte, e começou no futebol ainda na adolescência quando mudou-se para São Paulo para atuar pelo Juventus. A atleta que já se mostrava promissora na carreira de futebolista engravidou aos 21 anos, tendo que interromper a carreira para cuidar do filho Bernardo.
Casada com o também jogador de futebol, César, Tamires se afastou dos gramados, mas continuou cuidando da parte física. Até que em 2010 recebeu um convite para compor o elenco da recém criada equipe feminina do Atlético Mineiro.
Nesse período, o marido César jogava pelo Patrocinense, enquanto Bernardo ficava com a mãe de Tamires. Patrocínio fica a mais de 600 quilômetros de Belo Horizonte, então mais uma vez, a jogadora teve que priorizar a vida de mãe e interromper a carreira de atleta.
Mas em 2013, Tamires teve uma oportunidade. Enquanto o marido César foi jogar em uma equipe de São Paulo, a jogadora foi treinar em um Centro Olímpico da região, de onde saiu para ser a lateral da seleção brasileira na Copa do Mundo, no Pan-Americano e na Olimpíada de 2016.
No retorno do Pan-Americado, mais uma vez Tamires se viu diante de uma decisão que mudaria os rumos da carreira e da família. Ela recebeu uma proposta do Fortuna Hjørring, clube da Dinamarca, mas dessa vez a decisão de largar o futebol e acompanha-la foi do marido, que viu ali uma grande oportunidade na carreira da futebolista.
Hoje Bernardo tem 10 anos, e se tornou o maior incentivo da lateral. Considerada uma das principais apostas da seleção brasileira para a Copa do Mundo de Futebol Feminino que começa no dia 7 de junho na França, a atleta é prova de que é possível ser mãe e craque de futebol ao mesmo tempo.
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