Aproveitando a pausa das partidas oficiais de futebol, ao invés de falar de possíveis contratações e vendas, vamos para o lado de curiosidades que talvez nunca tenhamos pensando ou até pensado uma vez ou outra
Vamos falar sobre a numeração das camisas de futebol. Acreditem, precisou 70 anos desde que o futebol surgiu para resolverem numerar as camisas dos jogadores, devido a inúmeras confusões na identificação dos jogadores, quando estes tinham alguma semelhança física, atrapalhando também as súmulas feitas no fim da partida.
Isso começou no dia 29 de abril de 1933, quando a Federação Inglesa pôs em pratica a ideia na decisão da Copa da Inglaterra, na partida entre Everton e Manchester City, no Wembley Stadium. Nesse jogo a numeração foi separada da seguinte forma: do 1 ao 11 para a equipe mandante, Everton; e do 12 ao 22 para a visitante, Manchester. Após a partida a federação continuou com a idéia de camisas numeradas. Essa novidade não foi aceita logo de início pelos atletas ingleses, que segundo eles, ficariam parecidos com presidiários, porém a FA (Associação de Futebol, na sigla em inglês) manteve a decisão.
Em 1950, no Brasil, foi realizada a primeira Copa do Mundo com identificação numérica, porém essa prática já não era mais novidade em terras brasileiras desde 1947. A Fifa (Federação Internacional de Futebol Associação) passou a exigir o nome e número fixos a partir de 1994.
Antigamente os números serviam, além de identificar o jogador, identificar a posição no campo, seguindo a tabela a seguir:
Posição do Jogador | Número da Camisa |
Goleiro | 1 |
Lateral-direito | 2 |
Zagueiro | 3 |
Quarto Zagueiro | 4 |
Volante | 5 |
Lateral-esquerdo | 6 |
Ponta-direita | 7 |
Meia-direita | 8 |
Centroavante | 9 |
Meia-esquerda | 10 |
Ponta-esquerda | 11 |
Pelé foi um dos jogadores que tinham preferência por número de camisa, usou a 10 e até hoje é reconhecida como número de craque. Além dele, outros jogadores usaram a 10 e se consagraram: Baggio, Rivelino, Maradona (para muitos brasileiros não foi melhor que Pelé mas há quem ache que foi), Zico, Ademir da Guia, Raí entre tantos outros que deram alegrias para seu torcedor.
Porém isso foi mudando com o tempo, já teve atacante usando a numero 2, zagueiro usando a 10, goleiro usando a 3, como foi o caso do goleiro da seleção brasileira, Gilmar dos Santos na Copa do Mundo de 1958, mas no seu caso não foi por escolha própria, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), hoje CBF (Confederação Brasileira de Futebol) esqueceu de relacionar a numeração de cada jogador e a Fifa numerou aleatoriamente.
Estamos acostumado a ver na camisas de futebol números maiores, como 25, 33, 83.. isso vai desde homenagear alguém ou algo a apenas uma superstição mesmo. O atacante Gabriel Jesus usava a 33 no Palmeiras e continua com essa numeração no Manchester City, em referência a idade de Jesus quando foi crucificado.
Um exemplo de camisa que a numeração ficou gravada para sempre na historia do time e da torcida, é o goleiro aposentado Marcos, eterno camisa 12 do Palmeiras, marcou a vida dos palmeirenses, sendo chamado de Santo. Desde de sua aposentadoria em 2012 a camisa 12 não era usada, a não ser na Copa Libertadores, que exige numeração sequencial, sendo usada por Gabriel Jesus e depois Borjas. A partir de 2017 ela é usada pelo lateral direito Mayke, que inclusive fez questão de homenagear o ex-goleiro quando fez seu primeiro gol defendendo o Palmeiras contra o Vitória.
Veja a homenagem:
MAYKE FAZ HOMENAGEM A SÃO MARCOS APÓS PRIMEIRO GOL NO PALMEIRAS
Ainda hoje a numeração ajuda e muito na identificação e eterniza camisas e jogadores, mesmo não tendo os números tradicionais como antes e para nós torcedores, não importa se é camisa 1 ou 1000, importante é fazer o gol não é mesmo?
Fonte: https://blogs.diariodepernambuco.com.br e Wikipedia.
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